O tempo será dividido em atividades curriculares, oficinas, refeições e descanso.
Nesta sexta-feira (25) foi implantada uma escola em tempo integral, no bairro Vila Nova de Colares, na Serra. A Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Profª Eulália Falqueto Gusmann funcionava em turno regular e passou a atender em tempo integral, após reinvindicação da Rede de Atenção da Criança e do Adolescente, composta por diversas instituições, dentre elas, a 2ª Vara da Infância e Juventude da Serra.
A juíza titular da 2ª Vara da Infância e da Juventude da Serra, Janete Pantaleão, representa o Poder Judiciário na Rede de Atenção da Criança e do Adolescente que reivindicou a escola em período integral. Para a magistrada, a medida vai reduzir as chances do público infantil, em risco social ou vulnerabilidade, se envolver com o crime. “O objetivo de manter os alunos em tempo integral na escola é evitar que eles sejam cooptados pela marginalidade”, ressaltou a magistrada.
A essência da mudança é a permanência da criança e do adolescente na escola, assistindo-o integralmente em suas necessidades básicas e educacionais, ampliando o aproveitamento escolar, resgatando a autoestima e capacitando-o para atingir efetivamente a aprendizagem, sendo alternativa para redução dos índices de evasão, de repetência e de distorção idade/série.
Segundo a Secretaria de Municipal de Educação da Serra, a escola atende 892 alunos dos anos iniciais do ensino fundamental. A implantação do tempo integral na unidade será progressiva e atinge os alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental. Inicialmente, 68% do total de alunos participarão do programa, o que corresponde a 488 estudantes, aumentando este número a cada ano.
A maior permanência dos alunos na escola vai garantir mais qualidade de ensino, na medida em que são trabalhados em todas as áreas do conhecimento, ampliando, com metodologias diversificadas, os conteúdos da base curricular.
O regime integral vai funcionar todos os dias da semana e serão divididos em atividades curriculares, oficinas, refeições e descanso. Serão trabalhadas 12 oficinas por semestre, dentre elas, clube de leitura, informática educacional, línguas estrangeiras, música e natação. Os critérios de priorização para o atendimento inicial serão o risco social/vulnerabilidade, baixa renda familiar, baixo rendimento escolar, interesse do aluno e da família e famílias assistidas pelo Programa Bolsa Família.
Além da 2ª Vara da Infância e da Juventude, a Rede que reivindicou a mudança é composta por diversas instituições ligadas ao atendimento à criança e ao adolescente, como Ministério Público, Programa de Liberdade Assistida, Conselhos Tutelares, Secretaria de Educação e representantes de escolas, além da Secretaria de Promoção Social através dos Centros de Referência da Assistência Social, Unidades Regionais de Saúde, Programa de Proteção a Crianças e Adolescentes Ameaçados de Morte (PPCAAM) e muitos outros.
Vitória, 24 de julho de 2014
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