Cantata de Natal emociona público no Palácio da Justiça

Cantata Natal TJES 130

Evento reforçou a importância da adoção e do apadrinhamento afetivo.

Cantata Natal TJES 760

“Tia, você vai arranjar uma família pra mim?” O pedido é de L.H.P.S, de 12 anos, feito à juíza da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica, Fabrícia Gonçalves Calhau Novaretti. A manifestação de busca por afeto, uma constante por parte das crianças e adolescentes que estão em situação de acolhimento, demonstra a importância da adoção ou mesmo do apadrinhamento afetivo destes menores, na faixa de 5 a 17 anos. Uma forma de dar vez e voz às crianças acolhidas se deu por meio de canções natalinas, durante uma apresentação musical realizada na tarde desta sexta (12), na rampa de acesso ao 1º andar no Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

Desembargadores, juízes, servidores do Palácio da Justiça e participantes do projeto Apadrinhamento Afetivo se encantaram com a apresentação da Cantata de Natal de cerca de 30 crianças e adolescentes em situação de acolhimento no município de Cariacica, que entoaram músicas com os títulos “Raridade”; “Sou Milagre”; “Bate o Sino” e “Abraço Apertado”. Esta última composta pela psicóloga Solinéia Braun, servidora da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica. A canção aborda a participação da Justiça na reinserção de crianças e adolescentes. Uma oração pedindo bênçãos a todos os presentes e aos que cuidam dos que estão em acolhimento foi feita ao final por uma das crianças, emocionando a todos os presentes.

Para a juíza Fabrícia Novaretti, a ação é uma oportunidade “de dar vez e voz à criança acolhida, para que ela demonstre suas potencialidades”. Neste primeiro ano do evento, que aconteceu no Fórum de Cariacica no último dia 4 e nesta sexta na sede do Poder Judiciário, as crianças contam com o apoio de músicos voluntários para ensaiar as músicas apresentadas. “Elas podem oferecer uma demonstração de afeto para aqueles que estão dispostos a adotá-las ou apadrinhá-las”.

Para uma boa apresentação os pequenos cantores se dedicaram. “Antes da apresentação, nós ensaiamos o repertório inclusive hoje pela manhã, para que desse tudo certo quando estivéssemos aqui. A recepção foi toda bem organizada. Eu amei tudo”, disse a adolescente C.V.J.L, de 14 anos.

As crianças e adolescentes também viram no evento uma oportunidade para integração. Foi o que expôs o adolescente I.A.P., de 17 anos, que cresceu no acolhimento (abrigo). “Já estou há quase seis anos na Casa de Acolhimento, eu cresci lá, praticamente. Para nós, que vivemos nessa situação de acolhimento, a apresentação foi muito importante porque nos colocou mais próximos das outras pessoas”, contou o adolescente.

As crianças ganharam presentes, roupas, sapatos e brinquedos, ofertados por magistrados e servidores do Palácio da Justiça, como forma de oportunizar o fortalecimento dos vínculos afetivos e a integração destas crianças e adolescentes na sociedade.

O Programa Apadrinhamento Afetivo é desenvolvido no município de Cariacica, por meio do qual algumas pessoas, famílias, se habilitam para receber uma criança no seu seio familiar para passar só o final de semana. Ela sai com a criança, visita a criança no abrigo, passa algum tempo com ela dentro da sua família que possa garantir àquela criança o direito de convivência familiar e comunitária.

Para o apadrinhamento, a pessoa deve ser maior de idade, com uma diferença de 16 anos da criança que ela vai apadrinhar, e possuir muita disponibilidade afetiva. “Esse é o grande diferencial. Não precisa de dinheiro, status de casado, solteiro, precisa só ter disponibilidade de amar e cuidar. Na prática, às vezes acontece o processo de apaixonamento, que acaba redundando em um processo de adoção”, disse a magistrada.

Quem pretende adotar ou apadrinhar uma criança ou adolescente pode procurar as Varas da Infância e do Adolescente das Comarcas. As equipes destas unidades farão o processo de qualificação dos pretendentes, realizando a preparação dos mesmos para a chegada do novo filho ou afilhado.

A coordenadora das Varas de Infância e Juventude, juíza Janete Pantaleão, informou que, a partir de 2015, o programa Apadrinhamento Afetivo será oficializado por todas as Varas da Infância e da Juventude. “Este programa, e a adoção em si, são muito importantes para as crianças que perderam a proteção do lar natural”, afirma a magistrada.

O telefone da Coordenadoria da Infância e da Juventude é o (27) 3145-2729 e os da Vara da Infância e da Juventude de Cariacica são os (27) 3246-5616 e 3246-5617.

Vitória, 12 de dezembro de 2014

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