Ação no estádio Kleber Andrade marca encerramento da 13ª Semana Justiça pela Paz em Casa

Três servidores da Coordenadoria de Combate à Violência Doméstica e Familiar (COMVIDES) do TJES seguram uma faixa com os dizeres "Semana Justiça Pela Paz em Casa" e "#Não se Cale" em ação da Coordenadoria no Estádio Cléber Andrade.

Durante o jogo Vasco x Cabofriense, servidores do TJES levantaram a faixa com a hashtag Não Se Cale e foram aplaudidos pela torcida.

A 13ª Semana Justiça pela Paz em Casa terminou no último domingo (17) com uma ação que ganhou aplausos no estádio Kleber Andrade, em Cariacica, durante o jogo Vasco X Cabofriense, pelo campeonato carioca. Para dar visibilidade ao Combate à Violência contra a Mulher, servidores do TJES deram a volta no campo levantando a faixa da campanha com a hashtag Não Se Cale.

“Rodamos o campo 30 minutos antes da partida e no intervalo. E cada vez que parávamos na frente da arquibancada, éramos muito aplaudidos pelos torcedores. Culturalmente o jogo de futebol é um ambiente onde se pode alcançar muitos homens e mulheres”, explicou a servidora Maria Inês Martins Veltri Costa, da Coordenadoria da Violência Doméstica do TJES. Quem também participou do evento foi a servidora Renata Guizan Corrêa Leão.

A ação ainda contou com a distribuição de camisas e materiais educativos como o violentômetro, que mede o grau de agressão, desde a violência verbal até o feminicídio. “Saímos do nosso contexto usual e conseguimos atingir novas pessoas, mostrando que o Tribunal de Justiça não está parado, está indo ao encontro da população para que as mulheres conheçam seus direitos e não se calem”, concluiu Maria Inês.

Ônibus da Lei Maria da Penha atende a mais de 50 mulheres

Ao longo da 13ª Semana Justiça Pela Paz em Casa, o Ônibus da Lei Maria da Penha esteve em frente ao Fórum da Prainha, em Vila Velha, prestando assistência jurídica e psicológica a vítimas de violência. Ao todo foram expedidas 25 medidas protetivas, 02 mandados de busca e apreensão de menores e 01 afastamento do lar. Mais de 50 atendimentos foram realizados ao longo de quatro dias.

“É uma quantidade bem expressiva. Isso revela que as mulheres estão perdendo o medo de denunciar. As vítimas receberam uma prestação jurisdicional muito célere e em pouco tempo, já estavam com a medida protetiva em mãos”, explica a juíza Hermínia Azoury, coordenadora estadual da mulher em situação de violência doméstica e familiar.

Os atendimentos foram realizados pela equipe do Poder Judiciário, em parceria com o Centro de Referência Especializado em Atendimento à Mulher Vítima de Violência em Vila Velha (Cramvive), com a Comissão de Mulheres da OAB de Vila Velha e com a Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM).

De acordo com a advogada voluntária Ednalva Brito Gomes, algumas mulheres atendidas ainda desconheciam direitos básicos. “Algumas nos procuraram para saber, por exemplo, se poderiam voltar ao lar para buscar roupas e objetos nos casos de agressão. E a gente explicava que sim, que elas tinham todo o direito de retornar ao lar. E que quem deve sair de casa é o agressor”.

Por isso a ação também distribuiu o violentômetro e materiais informativos contendo além da Lei Maria da Penha, legislações recentes relativas aos Direitos da Mulher, como a Lei 13.781/18, conhecida como lei de importunação sexual.

Saiba Mais

A Semana da Justiça Pela Paz em Casa é uma iniciativa do Conselho Nacional de Justiça, em parceria com os Tribunais de Justiça estaduais, com o objetivo de ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha e agilizar o andamento de processos relacionados à violência de gênero.

Ainda este ano, em agosto e novembro, acontecerão a 14ª e a 15ª edições da Semana Justiça Pela Paz em Casa.

Vitória, 18 de março de 2019

 

 

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