Psicólogos e assistentes sociais acompanham convivência em processos de adoção

Hoje no ES, 126 crianças e adolescentes estão em processo de adoção, convivendo com seus pretendentes e sendo acompanhados pelas equipes técnicas de forma remota.

Durante o período de isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19, assistentes sociais e psicólogos do Poder Judiciário do Espírito Santo continuam acompanhando os estágios de convivência dos processos de adoção. O trabalho vem sendo realizado de forma remota, especialmente por ligações telefônicas e videochamadas.

De acordo com dados do Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça, hoje no ES, existem 126 crianças e adolescentes em processo de adoção passando exatamente por esta etapa.

A psicóloga da Comissão Estadual Judiciária de Adoção, Dianne Wruck, falou sobre a importância desse atendimento. “As famílias, além de lidarem com toda a novidade que um processo adotivo enseja, estão precisando também se adaptar ao contexto de incertezas, vulnerabilidades e mudanças que a pandemia imprime à sociedade. O apoio social e psicológico se faz muito necessário”, explica.

O estágio de convivência é o período de interação entre os pretendentes e a criança ou adolescente a ser adotado, e representa uma fase de descobertas e aprendizagens mútuas, fundamentais para a construção de relações seguras e afetuosas. É o momento em que acontecem as alterações na rotina, na condição financeira, no tempo de todos os envolvidos.

A duração do estágio pode variar de família para família. É o juiz quem determina, levando em consideração a idade do adotando, o tempo de acolhimento institucional, a adaptação familiar dos envolvidos e o prazo máximo de 90 dias, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.

O papel da equipe técnica, formada por psicólogos e assistentes sociais, é acompanhar, assessorar e avaliar a família para que ela construa relações saudáveis que garantam proteção, segurança, cuidado e desenvolvimento da criança e do adolescente.

“O que mais importa no estágio de convivência é a qualidade das relações estabelecidas nessa nova configuração de família. É durante este período que ocorre a aproximação gradativa entre as pessoas que vão se apresentando aos poucos, revelando suas histórias, seus gostos, suas expectativas, suas potencialidades, suas dificuldades, suas singularidades”, conta Dianne.

Podcast tira dúvidas sobre adoção

Para encerrar a Semana do Dia Nacional da Adoção, o novo episódio de Just Talk – o Podcast do Tribunal de Justiça do Espírito Santo – convida a assistente social da CEJA-ES, Luciana Lacerda, para esclarecer dúvidas enviadas por seguidores das redes sociais do TJES.

A servidora explica cada etapa do processo, desde a entrega de documentos pelos pretendentes na Vara da Infância, passando pela habilitação, aproximação, estágio de convivência, até conclusão da adoção. E ainda conta como são feitas as vinculações pelo SNA e como os processos estão sendo acompanhados nesse período de pandemia.

Ouça aqui o episódio na íntegra.

Vitória, 28 de maio de 2020.

 

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Texto: Tais Valle | tsvalle@tjes.jus.br (com informações da CEJA-ES)

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