Desembargador Ney Batista Coutinho se despede do Tribunal de Justiça do Espírito Santo

O desembargador Ney Batista Coutinho, sua esposa e filhos, posam para foto juntamente com o presidente do TJES, desembargador Fabio Clem.

O magistrado se aposenta após quase 40 anos de serviços prestados no Judiciário estadual e recebe homenagem do Plenário da Corte, em sessão realizada nesta quinta-feira, 15.

Ney Batista Coutinho deixa o Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) depois de mais de 14 anos no cargo de desembargador no TJES. Em sessão realizada na tarde desta quinta-feira (15), o magistrado recebeu homenagem do Plenário da Corte.

Após quase 40 anos de serviços prestados no Judiciário estadual, onde atuou em diversas Comarcas do interior do estado e na Capital, Ney Batista também recebeu, das mãos do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Fabio Clem de Oliveira, e de familiares, a comenda Grã-Cruz do Mérito Judiciário, a mais alta honraria da Justiça estadual concedida em razão do seu notável desempenho ao longo de sua carreira jurídica.

O desembargador Pedro Valls Feu Rosa prestou homenagem ao amigo, colega e companheiro da 1ª Câmara Criminal durante vários anos, e, em forma de oração, lembrou que chegará para cada integrante da Corte, o tempo de encerrar a última sessão, o momento de assinar a última decisão, de julgar o último processo e de vestir a toga pela derradeira vez.

O desembargador Pedro Valls Feu Rosa, homem de pele branca e cabelos brancos, fala ao microfone.

“Que neste dia, após décadas de judicatura, possamos alcançar o merecido descanso com as mãos limpas, não pela bacia de Pilatos, mas pela dignidade da toga, assim como o desembargador Ney Batista Coutinho… Que ao final de nossas caminhadas pelo mundo das leis, recebamos, através do carinho dos colegas e servidores, a gratidão emocionada de toda uma instituição, como a recebe hoje o desembargador Ney”, destacou o desembargador Pedro Valls.

O decano da Corte, desembargador Adalto Dias Tristão, falou sobre a falta que o desembargador Ney Batista fará ao Judiciário estadual, onde militou há tanto tempo e fez grandes amizades. “Só me resta formular ao desembargador Ney que, fora da função judiciante, ele continue sendo abençoado por Deus e tenha uma vida plena junto a seus familiares, e certamente em outras atividades que desenvolverá”, ressaltou.

O desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, homem de pele branca e cabelos calvos na cor preta fala olhando para o desembargador Ney Batista Coutinho.

Da mesma forma, o desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, que chegou ao Tribunal de Justiça junto com o desembargador Ney, enfatizou a pessoa maravilhosa, digna e honrada que é o homenageado: “Um juiz de escol e que prestou um serviço relevantíssimo à magistratura. E eu faço questão de registrar minha amizade, minha admiração pelo seu trabalho, desejando que seja muito feliz junto a sua família”.

O presidente do TJES, desembargador Fabio Clem fala ao microfone em sessão do tribunal pleno.

Para encerrar as homenagens feitas pelos desembargadores e desembargadoras do Tribunal Pleno, o presidente do TJES também deixou seus votos ao desembargador Ney, “Desejo que você seja feliz, que você aproveite a sua aposentadoria da melhor maneira possível, te parabenizo pelo juiz que você foi, pela pessoa íntegra que você sempre foi, esse juiz incorruptível, e intransigente nas suas colocações, no campo das ideias”, disse o desembargador Fabio Clem de Oliveira.

Ainda fez seu registro na sessão, o subprocurador-geral do Ministério Público, Josemar Moreira: “Gostaria de saudar vossa excelência por todos os anos dedicados à atividade judicante, em especial, o tempo de exercício dedicado a este dileto Tribunal de Justiça. As batalhas foram muitas e no poema de Carlos Drummond de Andrade, mineiro assim como vossa excelência, “No meio do Campinho”, fazendo uma interpretação às pedras que vossa excelência encontrou, às noites sem estrelas, nada disso foram óbices intransponíveis para que vossa excelência pudesse exercer a judicatura com garra, com eficiência”.

Por fim, o homenageado agradeceu pelas palavras gentis a ele dirigidas e fez uma retrospectiva de sua carreira, desde o ingresso na Justiça do Espírito Santo, no fim de 1982, e da emoção que sentiu ao receber carta registrada falando de sua aprovação no concurso de juiz substituto, até a vivência na segunda instância.

O desembargador Ney Batista Coutinho fala ao microfone.

“Foi esse tribunal de muita importância em minha carreira, porque aqui aprendi a julgar em sede de segundo grau. Nele colhi, dentre outras lições, aquela de Aguiar Dias, ou seja, a nenhum senhor o juiz deve render obediência, que não ao seu ideal de justiça, entendida esta como instrumento de harmonia social. É certo que o caminho por mim percorrido, o trabalho e o esforço, permeados por algumas insatisfações, passaram a integrar a minha personalidade em todos esses anos de judicatura, mas apesar dos pesares, se me fosse dada a oportunidade de voltar no tempo, não hesitaria em abraçar novamente a carreira da magistratura”, confidenciou o desembargador Ney Batista Coutinho ao agradecer a todas as pessoas com quem conviveu em sua trajetória.

Desembargadores reunidos para foto no salão pleno do tjes.

 

Vitória, 15 de setembro de 2022

 

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