Mais de 100 profissionais de diversas instituições receberam certificados de participação em cursos de prevenção de conflitos

O Presidente do TJES, Desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama, preside a mesa do evento sobre justiça restaurativa ao lado de Desembargadores e Juízes de Direito.

A cerimônia aconteceu na manhã desta segunda-feira (17), no Salão Pleno do TJES, com a presença do presidente do Tribunal de Justiça.

Mais de 100 participantes de formações sobre métodos pacíficos de solução de conflitos receberam, nesta segunda-feira (17), os certificados de conclusão de curso, durante o 1º Encontro Anual dos Facilitadores dos Círculos de Construção de Paz, Mediadores Escolares e Comunitários. O evento contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Sérgio Gama, que prestigiou o encontro.

O presidente do TJES destacou o brilhante trabalho desenvolvido pelo supervisor das Varas da Infância e da Juventude, desembargador Jorge Henrique Valle dos Santos, pela juíza coordenadora Patrícia Pereira Neves, e pela coordenadora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Janete Vargas Simões.

De acordo com o desembargador Jorge Henrique Valle dos Santos, esse encontro é um marco para todos os que acreditam na Justiça Restaurativa, operadores de Direito, professores e alunos de escolas, policiais militares, membros do Ministério Público. “A Justiça Restaurativa é uma mudança de concepção, a gente sai da cultura de conflito, de violência, e começa a trabalhar a cultura de paz”, enfatizou o supervisor da Coordenadoria da Infância e da Juventude.

Os cursos de Mediação Escolar, de Formação de Facilitadores de Círculos de Construção de Paz e de Formação de Instrutores em Círculos de Construção de Paz, nos quais os participantes foram certificados, integram o programa Reconstruir o Viver, da Coordenadoria da Infância e da Juventude do TJES, iniciativa voltada para a prevenção de conflitos e para a mudança da cultura de violência.

Para a desembargadora Janete Vargas Simões, o Espírito Santo tem dado um exemplo a todo o Brasil com a implantação do projeto nas escolas. “Eu tenho o testemunho muito especial da minha irmã, hoje professora aposentada do município de Vila Velha, que diz que a partir da instalação do projeto na escola, a realidade se tornou muito diferente, os conflitos são realmente solucionados pelos próprios alunos. Isso é uma realidade!”, destacou a coordenadora do Nupemec.

Uma aluna da rede municipal de Vila Velha também falou sobre sua experiência e gratidão com a prática restaurativa. Ela contou que, a princípio, não gostou da ideia de participar do projeto, mas, conforme o tempo foi passando, passou a se interessar e a agregar valores para sua vida. “Valores esses que eu não abro mão e quero muito levar para o ensino médio comigo, para vida inteira comigo. Valores que eu entendi que eu preciso sim, eu necessito sim, aprender a ouvir os meus amigos, a ouvir as pessoas, e que não é somente sobre a minha opinião, mas existem opiniões diferentes da minha e que eu preciso respeitar”, disse.

E, completou, “Eu acredito que não só eu, mas todos os formandos, que agora estão saindo da Escola Darcy Ribeiro, iremos levar conosco esses valores que não abrimos mão e não iremos abrir mão nunca. Entendemos que nós precisamos ser diferentes, independente do mundo em que vivemos, um mundo que é composto por violências, crimes, mas, que nós conseguimos sim fazer a diferença. Eu quero muito apresentar esse projeto na escola onde eu estiver no ano que vem, eu acredito que eu consigo, sim, fazer a diferença, independente se eu estiver num lugar turbulento, num lugar de violências, se eu fizer a diferença, eu acredito que eu serei exemplo, assim como muitos que estão aqui são diferença na sociedade”, disse a estudante.

Outra pessoa que deu seu depoimento foi a psicóloga e subgerente socioeducativa do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), Inayha Dalvi. A psicóloga destacou que a técnica do círculo de diálogo foi muito importante para a instituição, pois implantar a comunicação não-violenta era um grande desafio do Iases.

O evento ainda teve duas apresentações musicais emocionantes, uma dos alunos da Escola Joffre Fraga, acompanhados dos professores Bruno Belisário, Elaine Vieira e Peterson de Castro; e outra com a aluna Amanda e o diretor Elielson das Neves.

Vitória, 17 de dezembro de 2018.

 

 

Informações à imprensa

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social do TJES
Texto: Elza Silva | elcrsilva@tjes.jus.br

Andréa Resende
Assessora de Comunicação do TJES

imprensa@tjes.jus.br
www.tjes.jus.br