Cerca de 100 pessoas com deficiência participam do trabalho de digitalização de processos desenvolvido pelo Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo.
No mês em que é celebrado o Dia Nacional de Luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência e o Dia Nacional da Pessoa Surda, o Poder Judiciário do Espírito Santo fez uma homenagem às pessoas com deficiência contratadas para atuar na digitalização de processos. O evento aconteceu nesta sexta-feira (23/09), no auditório da Corregedoria Geral da Justiça, pela Língua Brasileira de Sinais (Libras) e com tradução simultânea em português.
A apresentação foi feita pelo supervisor Fernando da Silva e pela supervisora Priscila Lopes. O evento contou ainda com pequena exposição feita em Libras pela coordenadora Fernanda Jacob e traduzida por Kátia Telles, que traçou um histórico a respeito do preconceito contra as pessoas surdas e com deficiência desde a antiguidade até os tempos mais modernos, e abordou as conquistas mais recentes, como a instituição da Língua Brasileira de Sinais em 2012.
Já a supervisora Priscila Lopes, interpretada em Libras por Iasmin Ayla, falou sobre a deficiência da sociedade, que muitas vezes não consegue incluir e tratar com equidade as pessoas. Em seguida, foi exibido um vídeo com depoimentos de participantes do projeto.
Uma dessas declarações foi feita pela colaboradora Tainá Arruda: “Eu trabalho aqui no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, é uma área que eu estou conhecendo, eu não conhecia a CETEFE e agora nós tivemos a oportunidade de ser chamados e conviver com coordenadores, supervisores, e a oportunidade de aprender cada vez mais, de aprender sobre processos, sobre várias coisas”.
O presidente da Comissão de Acessibilidade e Inclusão do Poder Judiciário Estadual, desembargador Jorge Henrique Valle dos Santos, emocionado, enfatizou que fica lisonjeado em saber que o projeto abre portas e estimula passos tão importante na vida de quem dele participa. “Essa é uma semente muito importante para a gente espalhar esse projeto”, destacou.
Mais de 100 pessoas com deficiência, em sua maioria surdas, participam do trabalho de digitalização de processos da Justiça estadual desde o início de agosto deste ano. O contrato é fruto de uma parceria com o CETEFE (Centro de Treinamento de Educação Física Especial), uma ONG de assistência social sem fins lucrativos, cujo trabalho é direcionado à reabilitação, educação física, treinamento esportivo, inclusão social e acessibilidade de pessoas com deficiência.
O coordenador de gestão da informação documental, Fabio Buaiz de Lima, responsável pela gestão do contrato, destacou que o objetivo do evento é ressaltar a importância que estas colaboradoras e colaboradores tem dentro do Tribunal de Justiça para a digitalização de processos. “Podem ter certeza que para nós, do Tribunal de Justiça, vocês têm importância fundamental. Muito obrigado!”, enfatizou às pessoas homenageadas.
Também para a supervisora Priscila Lopes, trabalhar com o grupo na digitalização de processos tem sido uma experiência maravilhosa, pois são pessoas muito habilidosas e com atenção aos detalhes. “No contato com eles, a gente consegue identificar as necessidades, a gente consegue entender melhor a cultura, a forma de viver, como eles pensam e como o visual mostra muitas coisas para eles”, destacou.
Ainda prestigiaram o evento, o juiz assessor especial da Presidência do TJES Ezequiel Turíbio, o secretário-geral do Tribunal, Marcelo Albuquerque, e a subsecretária Aline Davel, o diretor administrativo da Ajudes, Umbelino Anderson, e integrantes da Comissão de Acessibilidade do TJES.
Macrodesafio:
- Garantia dos Direitos Fundamentais
- Fortalecimento da relação institucional do Judiciário com a Sociedade
Vitória, 23 de setembro de 2022
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Texto: Elza Silva | elcrsilva@tjes.jus.br
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