No evento, a juíza Patrícia Neves, Coordenadora das Varas da Infância e da Juventude do TJES, falou também sobre ferramentas de pacificação para a solução de conflitos.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) promoveu um workshop em comunicação não violenta, reconhecimento e cura do trauma e processos circulares restaurativos, na última sexta-feira (13), no Salão Pleno do Palácio da Justiça.
A juíza Patrícia Pereira Neves, coordenadora das Varas da Infância e da Juventude do TJES e idealizadora do projeto “Reconstruir o Viver”, que trata de medidas pacíficas de solução de conflitos, especialmente a Justiça Restaurativa, falou para os participantes sobre comunicação não violenta, reconhecimento e cura do trauma, processos circulares restaurativos e danças circulares.
“Falamos sobre nossos traumas diários, entendemos novas formas de comunicação, criamos um memorial através de uma dança ancestral grega de tempos imemoriais com um lindo significado e, finalmente, passamos, de forma prática, por um círculo restaurativo. Em uma ação conjunta que possibilitasse levar aos magistrados e servidores da infância e da juventude, família, juizados especiais e Cejuscs, bem como sociedade civil, os saberes que são utilizados e difundidos no âmbito do Programa Reconstruir o Viver do TJES”, explicou a magistrada.
A coordenadora das Varas da Infância e da Juventude também apresentou ferramentas de pacificação para serem utilizadas com os jurisdicionados, capazes de trabalhar e ocasionar mudanças pessoais importantes:
“Ferramentas que nos fazem, no turbilhão de violência a que expostos todos os dias, com as dores que nos são postas, recordar nossa própria humanidade e reconhecer a humanidade do outro, criando-se a necessária empatia. Porque apenas nos tomando novamente empáticos, apenas nos colocando com o outro, poderemos realmente modificar o mundo hoje tão irascível e conflituoso em um mundo mais compassivo e gentil. Hoje foi a realização de um sonho, todos unidos, Poder Judiciário e instituições parcerias, em uma visão sistêmica, nos capacitando para lidarmos com os outros que a nós recorrem diariamente. Com cuidado, afeto e respeito”, enfatizou a juíza.
A mesa de abertura foi composta pelo supervisor das Varas da Infância e da Juventude, desembargador Jorge Henrique Valle dos Santos, pela supervisora do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), desembargadora Janete Vargas Simões, pela coordenadora das Varas da Infância e da Juventude, juíza Patrícia Pereira Neves, pela coordenadora dos Juizados Especiais Cíveis, Criminais e da Fazenda Pública, juíza Ana Cláudia Rodrigues de Faria, pela procuradora de Justiça Andréa Maria da Silva Rocha, e pelo representante da Escola Superior da Advocacia, advogado Vinicius Pinheiro de Sant’Anna.
O evento foi organizado pelo Nupemec, pela Supervisão das Varas da Infância e da Juventude, pela Escola da Magistratura (Emes) e pela Esmages (Escola Superior da Magistratura do Espírito Santo), com o apoio do Ministério Público Estadual e da Escola Superior de Advocacia (ESA/OAB-ES)
Vitória, 16 de dezembro de 2019
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Texto: Elza Silva | elcrsilva@tjes.jus.br
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