Servidoras e servidores do Poder Judiciário do Estado do Espírito Santo (PJES) participaram da Formação Antirracista no Serviço Social: Marxismo, Sujeitos Históricos e Resistência, realizado em 12 e 13 de junho de 2025, na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), evento presencial que contou com o apoio da Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo (Emes).
Foram ofertadas dez vagas para a Justiça estadual, devido à parceria firmada entre o corpo docente de Serviço Social da Ufes, responsável pela concepção das atividades, e a Emes, que, especialmente em sua gestão atual, busca ampliar o escopo de relações interinstitucionais.
O tema constitui um dos eixos formativos mais fomentados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), dada a relevância para a sociedade brasileira — como se verifica no artigo 2º, inciso VI, da Portaria CNJ 100/2025, que trata da realização de eventos de sensibilização sobre questões raciais, como parte do Indicador de Desempenho na Promoção da Equidade Racial (Iper).
O chefe da Central de Apoio Multidisciplinar de Linhares, Valdécio Carlos da Silva Júnior, compôs a mesa de encerramento, O Futuro é Ancestral, ao lado da professora Sheila Dias Almeida, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop).
Aliás, a professora, que integra o Ministério da Igualdade Racial, havia conduzido, dias antes, a Roda de Conversa sobre Heteroidentificação: Bancas de Heteroidentificação e os Desafios para a sua Implementação no Poder Judiciário, em 10 de junho, na sede da Emes.
Acerca do evento na Ufes, Valdécio afirma: “É importante destacar os esforços empreendidos pela atual gestão da Escola da Magistratura do Estado do Espírito Santo para disseminar formações em torno do debate étnico-racial entre magistradas, magistrados, servidoras e servidores da justiça. Formamos um grupo de dez profissionais para participar da formação, que agora retornam aos seus locais de trabalho como potenciais multiplicadores de ações antirracistas”.
Também representando o PJES, a servidora Ivania Maria Souza Moraes da Silva, que atua na Coordenadoria de Serviços Psicossociais e de Saúde (CSPS), relata: “O seminário contribuiu para que nós, assistentes sociais, tenhamos uma postura antirracista em nossa prática profissional, demonstrando o comprometimento do Judiciário com o combate ao racismo estrutural e a promoção da equidade e justiça social. Essa abordagem é essencial para garantir um atendimento inclusivo, sensível e eficaz às demandas da população negra historicamente marginalizada na sociedade”.