Tribunal de Justiça promove colóquio sobre administração

coloquio2 280Presidente da Escola da Magistratura e ex-diretor do Supremo Tribunal Federal e do Superior Tribunal de Justiça conduziram o encerramento do evento.

coloquio2 400“Os problemas do Judiciário são grandes e as soluções estão a nossa frente”, esta é a visão do ex-diretor do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Alcides Diniz da Silva, que proferiu a palestra de encerramento do Colóquio Administração Judiciária. O ex-diretor dos importantes órgãos superiores trabalhou por 42 anos na Justiça e contou sua experiência ao falar para magistrados e servidores sobre os Desafios da Gestão do Judiciário na tarde desta sexta-feira (19).

O presidente da Escola da Magistratura do Espírito Santo (Emes), desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, agradeceu aos convidados pela participação no colóquio e falou para os novos juízes presentes sobre o papel de gestor. “O magistrado precisa conhecer cada etapa do andamento do processo. Ele precisa conduzir o processo. E ele conduz o processo exercendo a governança”, enfatizou o desembargador.

Aliás, a governança foi o tema central da mesa redonda anterior, sobre Gestão de Recursos no Judiciário, que reuniu os painelistas Amarildo Vieira de Oliveira, diretor geral do STF; Maurício Antônio do Amaral Carvalho, ex-diretor geral do STJ; e Lúcio Melre da Silva, secretário de Tecnologia da Informação do Conselho da Justiça Federal.

Maurício Carvalho apresentou os princípios que norteiam a governabilidade na administração pública, como transparência, equidade, responsabilidade administrativa e prestação de contas. Para o palestrante, o planejamento estratégico é o norte, e a governança é a forma de realizar. “Governança é como maximizar a probabilidade de que o comportamento (ações) do agente (altos administradores) seja dirigido pelo atendimento dos interesses do principal, e não pelos seus próprios interesses ou de outrem”, definiu o ex-diretor geral do STJ.

O palestrante Lúcio Melre da Silva aprofundou no assunto e falou sobre governança na área de tecnologia da informação (TI). Para o convidado, as decisões que envolvem tecnologia devem ter como foco as pessoas. “O instituto de governança de tecnologia da informação não é algo que deva ser praticado pela área de TI, mas pela alta administração, por que tem que envolver todos os atores do processo”, destacou.

Pela manhã, os painelistas expuseram a realidade atual do Poder Judiciário brasileiro e os desafios encontrados diariamente pelos magistrados. O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Néfi Cordeiro, presidente da mesa sobre Justiça em Números, destacou a necessidade de se repensar o modelo atual de trabalho.

“Eu, como juiz, já tentei deixar o número de processos zerados em todas as Varas em que passei, mas isso é muito difícil. Não adianta criarmos mais Varas ou soluções que já vimos não resolver o problema, mas sim repensar as rotinas de trabalho dos magistrados, destacar o que é importante para o todo”, esclarece.

A falta de comunicação entre magistrados também foi um ponto levantado nas mesas de discussão. O secretário-geral da Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam), Paulo de Tarso Tamburini, aponta: “a magistratura deveria trabalhar em conjunto, às vezes os juízes do trabalho não conhecem os juízes eleitorais, e por aí vai. Isso gera uma desunião, um desconhecimento da outra parte”.

Vitória, 19 de setembro de 2014

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