Bullying homofóbico em escola é desafio novo para Justiça

A prática do bullying nas escolas é um desafio da sociedade e se mostra devastador quando associado a outro preconceito enraizado, a homofobia.

 

 

A prática do bullying nas escolas é um desafio da sociedade atual e se mostra ainda mais devastador quando se junta a outro preconceito enraizado na sociedade, a homofobia.

No começo da semana, representantes do Fórum Estadual em Defesa dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT) se reuniram com o presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), desembargador Pedro Valls Feu Rosa, para pedir providências no sentido de apurar casos de bullying homofóbico ocorridos na Grande Vitória.

Para a juíza da 2ª Vara da Infância e Juventude, Janete Pantaleão, o judiciário está atento e pronto para atender casos de violência contra crianças e adolescentes. “Ao perceber casos de violência, a orientação é que os pais procurem primeiro a escola. Caso não sejam atendidos, podem recorrer ao Conselho Tutelar e às Varas da Infância das respectivas cidades”.

No final do ano passado, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) lançou uma consulta internacional para conhecer o cenário  do bullying praticado nas escolas e universidades contra estudantes homossexuais.

Evasão escolar

O estudo “Discriminação em razão da Orientação Sexual e da Identidade de Gênero na Europa”, publicado pelo Conselho da Europa, identificou que jovens submetidos ao assédio homofóbico são mais propensos a abandonar o estudo e, também, mais disposto a contemplar a automutilação, cometer suicídio ou praticar atos que apresentem risco à saúde.