Linhares é o primeiro local do país a receber o projeto Mentes Literárias do CNJ que fomenta a leitura no sistema prisional

O supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) e conselheiro do CNJ, José Rotondano se dirige à uma plateia de detentos em Linhares durante o lançamento do projeto Mentes Literárias do CNJ.

O evento contou com roda de leitura, teatro e gravação de podcast.

O Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares, no Espírito Santo, foi palco do lançamento do projeto “Mentes Literárias: da magia dos livros à arte da escrita”. A iniciativa faz parte da estratégia nacional para universalizar o acesso ao livro e à leitura em estabelecimentos prisionais, conduzida pelo programa Fazendo Justiça, coordenado pelo CNJ, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o apoio da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen).

O evento começou com uma roda de leitura, se desdobrou em uma peça de teatro baseada no livro “O pescador, o anel e o rei” e terminou com uma gravação de podcast. “Ao idealizar o projeto, pensamos na garantia de direitos, com destaque para a leitura e a cultura, com seu potencial transformador e emancipatório para as pessoas em privação de liberdade”, ressaltou Pollyanna Alves, coordenadora do Eixo de Cidadania do Programa Fazendo Justiça.

O supervisor do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF) e conselheiro do CNJ, José Rotondano explicou que por meio dos livros e da escrita, é possível oferecer um caminho para que pessoas privadas de liberdade descubram novos horizontes, desenvolvam habilidades e reescrevam suas próprias histórias. “A literatura não apenas abre portas, mas também constrói pontes para um futuro mais promissor e digno”, afirmou.

Para o juiz auxiliar da presidência do Conselho Nacional de Justiça e coordenador do DMF/CNJ, Luís Lanfredi, a leitura é catalisadora da mudança, capaz de iluminar novas perspectivas e ressignificar a vivência daqueles que estão em privação de liberdade: “Ter bibliotecas em unidades prisionais não é o bastante. É preciso qualificar os acervos literários, proporcionar acesso a diferentes obras, incentivar e valorizar a escrita também como forma de cidadania. O Mentes Literárias abarca essas diversas frentes”, destacou.

Segundo o juiz auxiliar da presidência do CNJ com atuação no DMF Jonatas Andrade, o acesso à leitura é um direito humano fundamental e um instrumento poderoso para que pessoas privadas de liberdade consigam imaginar novos caminhos de vida. “Com o Mentes Literárias, esperamos oferecer novas oportunidades de desenvolvimento pessoal a esse público, sempre pensando na remição de pena e na retomada da vida em liberdade dessas pessoas”.

Autoridades diversas reunidas.

E o juiz de direito coordenador do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário do ES, José Augusto Farias de Souza celebrou: “Estamos felizes porque conseguimos essa parceria junto ao CNJ, que é fundamental para o sistema penitenciário, pretendemos ao longo desse ainda tocar muitos outros projetos.”

Também estiveram presentes: a assessora Judiciária do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, Thamiris Dezan Nascimento Pampolim; a juíza de direito da 2ª Vara Criminal de Linhares, Valeska Mesquita Pessotti Bassetti; o juiz de Direito, diretor do Foro da Comarca de Linhares, Tiago Favaro Camata e a juíza de direito da Vara de Execuções Penais de Vila Velha, Patrícia Faroni.

Vitória, 26 de agosto de 2024

 

Informações à Imprensa

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social
Texto: Tais Valle (com informações do CNJ) | imprensa@tjes.jus.br

Maira Ferreira
Assessora de Comunicação do TJES

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