Em parceria com o Sistema S o projeto reserva vagas para as famílias beneficiadas em instituições como Senac, Senai, Sesi, entre outros.
O Projeto Cadastro do Bem, idealizado pelo magistrado Izaias Eduardo da Silva, juiz titular da Primeira Vara da Família de Cariacica, tem como objetivo garantir acessibilidade e inclusão a pessoas com deficiência ou que estejam dentro do transtorno do espectro autista cujas famílias estejam em condição de fragilidade social e econômica.
A proposta, que conta com bolsas de alimentação e transporte, consiste em assegurar o acesso dessas famílias a cursos profissionalizantes. Em parceria com o Sistema S, conjunto de organizações das entidades corporativas voltadas para o treinamento profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica, o projeto reserva vagas para as famílias beneficiadas em instituições como Senac, Senai, Sesi, entre outros.
De acordo com dados do Censo Escolar de 2023, o número de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em escolas comuns no Brasil aumentou 50% entre 2022 e 2023.
Renata Lauer Claudino, graduanda e mãe de três filhos, conta um pouco sobre sua rotina. “Sou técnica de enfermagem e estou me formando em enfermagem, trabalho no período noturno. Eu fico em casa durante o dia e minha filha durante a noite”. Seu filho caçula, de 5 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Com muitas expectativas em relação ao projeto, Renata está tentando conciliá-lo com os horários do tratamento do filho, a escola e o estágio. Ela ressalta a importância da iniciativa: “Sempre fiz cursos na minha área, mas amo a ideia de fazer culinária ou estética. É uma iniciativa muito importante, muitas vezes nos prendemos apenas ao serviço e a prestar assistência ao nosso filho com autismo e acabamos esquecendo de nós mesmas”, afirma Renata.
Idealizador do projeto, o juiz Izaias Eduardo da Silva comentou a importância de assegurar o espaço das famílias com membros com deficiência ou que precisem de atendimento especializado, tendo em vista o aumento de crianças diagnosticadas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
“É preciso forjar, formatar cursos específicos, desenhados conforme as características de nossa clientela que tem um perfil que não se amolda à generalidade dos muitos e abundantes cursos ofertados pelo sistema”, afirma o juiz Titular da Primeira Vara da Família de Cariacica.
Vitória, 03 de setembro de 2024
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Texto: Robertha Araújo | imprensa@tjes.jus.br
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