O projeto visa facilitar o recebimento de denúncias e realizar campanhas informativas acerca do tema.
O seminário presencial JusAcolhimento: Cuidado e Atenção às Magistradas e Servidoras do Poder Judiciário do Espírito Santo em Situação de Violência Doméstica marcou a tarde da última sexta-feira (19), na Escola da Magistratura (Emes). A aula foi realizada em conjunto pela Presidência do Tribunal de Justiça e pela Corregedoria Geral da Justiça do estado.
O evento, apoiado pela Coordenadoria de Serviços Psicossociais e de Saúde (CSPS), é uma das ações do projeto JusAcolhimento, criado com a intenção de combater a violência doméstica praticada contra as magistradas e servidoras do Poder Judiciário capixaba. Nesse sentido, a iniciativa visa facilitar o recebimento de denúncias e realizar campanhas informativas acerca do tema.
Para dar início ao evento, o desembargador Júlio César Costa de Oliveira, diretor da escola, destacou a informalidade do momento, e desejou que todos se sentissem acolhidos e à vontade para participar, reiterando a grande alegria de iniciar a aula. Em seguida, o anfitrião passou a palavra para a debatedora responsável por conduzir a tarde, a juíza de Direito Brunella Faustini Baglioli.
“É com muita alegria que eu estou aqui compartilhando esse espaço com as colegas, esse é um projeto do Tribunal de Justiça em parceria com a Corregedoria, extremamente importante para as nossas servidoras e magistradas, é um espaço de acolhimento, é um espaço de escuta, e, é um espaço de orientação e encaminhamento.” destacou a juíza.
Além disso, a magistrada salientou que a violência contra a mulher no nosso país é uma epidemia, e que, ela não tem raça, nem classe ou grau de escolaridade, pois atinge toda as mulheres e meninas da mesma forma. Depois disso, passou a palavra para a primeira palestrante do dia, a delegada da Polícia Civil do Estado e Chefe da Divisão Especializada de Atendimento à Mulher, Cláudia Dematté.
A delegada iniciou expressando o quanto as pessoas que trabalham no combate a violência contra a mulher acreditam na transformação e, em seguida, frisou o assunto abordado durante a discussão: a não percepção das mulheres de se enxergarem como vítimas.
“Todas nós mulheres estamos sujeitas a viver e sermos vítimas de um crime resultante de uma violência doméstica e familiar, e sim, podem ser magistradas, podem ser servidoras, analistas, oficialas, podem ser delegadas de polícia, podem ser promotoras de justiça, pode ser a dona Maria dona de casa, por que essa violência está muito estruturada em nossa sociedade, e pode atingir a todas nós. Por isso, nós precisamos lançar reflexões e buscar desconstruir muita coisa, levar o letramento de gênero para todas as pessoas, nós precisamos falar sobre isso”, abordou a delegada.
Por fim, a última convidada foi a promotora de Justiça do Ministério Público do Estado e membra da Corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público, Cláudia Regina dos Santos, que começou expondo sua alegria em participar de um evento tão importante junto com tantas mulheres especiais. A palestrante também reforçou o porquê de falar sobre esse assunto no estado e abordou a coragem de mostrar em como os canais estão abertos para as mulheres que precisarem.
“Inicialmente eu quero dizer da minha alegria de estar aqui nesse espaço do sistema de justiça, falando de um tema que talvez há quinze anos seria inimaginável a gente estar aqui conversando.” reiterou a promotora.
Vitória, 22 de julho de 2024
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Texto: Monique Ferreira | imprensa@tjes.jus.br
Maira Ferreira
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