A palestra de abertura foi proferida pelo professor da UFRJ Pedro Paulo Gastalho de Bicalho.
A 3ª edição da Jornada Científica do Fórum dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Poder Judiciário do Espírito Santo (FASP) teve início nesta quinta-feira (29), no auditório Manuel Vereza, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com a palestra de abertura intitulada “Judicialização da Vida”.
O tema foi apresentado pelo professor do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro Pedro Paulo Gastalho de Bicalho, que é graduado em Psicologia (UFF), especialista em Psicologia Jurídica (UERJ), mestre e doutor em Psicologia (UFRJ).
A psicóloga e servidora da Justiça Estadual, Fernanda Pinheiro de Oliveira Rubim, que recebeu a honrosa tarefa de mediar a palestra, contou que o doutor Pedro convidou os participantes a pensarem sobre a construção da subjetividade, sobre os processos de valorização e desvalorização de alguns modos de vida, o que incide nos processos de criminalização de algumas populações, e na consequente judicialização dessas questões.
O convidado ainda sinalizou algumas estratégias para lidar com essas questões vivenciadas na atualidade, como o resgate da dimensão política da psicologia e do serviço social, que está relacionada à premissa ética das profissões, ancorada nos Direitos Humanos. Além da necessidade de mudar algumas lógicas, ou seja, mudar a lente do que o profissional é convocado a olhar e a dizer.
A Jornada também abriu espaço para apresentações orais de artigos científicos elaborados por servidores e outros agentes públicos, cujos trabalhos são transversais às temáticas presentes no campo sociojurídico. Além de mesas-redondas com profissionais cuja trajetória de ensino, pesquisa e extensão estão ligadas à prática profissional dos atores do Sistema de Justiça Estadual.
Durante o evento acontece, ainda, a divulgação dos artigos selecionados para publicação na Revista Científica do evento, que será disponibilizada em breve. Os trabalhos foram selecionados no mês de maio deste ano e organizados pelos eixos: “Gestão do Trabalho”, “Família”, “Sistema Penal”, “Criança e Adolescente” e “Gênero, Geração e Etnia”.
Na manhã desta quinta-feira (29), além da palestra de abertura, também foi realizada uma mesa sobre o eixo família, mediada pela servidora do TJES e doutora em Psicologia, Cláudia Paresqui Roseiro, onde foram tratados os temas: “A atuação de psicólogas (os) com pais e mães em processo judicial de separação conjugal”, por Yara Nascimento de Aguiar e Luiz Magno Campos; “Ressignificando a guarda compartilhada”, por Bruna Lyra Duque e Danilo Ribeiro Silva dos Santos; e “Sintomas de Estresse em Crianças e Adolescentes no contexto de divórcio parental: caracterização de uma amostra capixaba”, pela própria mediadora e por Kely Maria Pereira de Paula.
À tarde, foi a vez do eixo “Gênero, Geração e Etnia”, com os temas:
· “Reflexões sobre o protagonismo da mulher na entrega voluntária de recém-nascidos/as: uma experiência de atividade educativa”, por Cristiane de Mesquita Silva, Emilly Marques Tenório, Filipe dos Santos Xavier, Laís de Almeida Souza, Mayara Paratella de Almeida, Vanessa Pessanha Menezes Gomes e Victor Hugo da Silva;
- “Oitenta tiros não são engano, são execução”, por Ana Paula Hachich de Souza e Marina Hachich de Souza Pereira;
- “O amor e a violência doméstica contra a mulher e a dialética do senhor e do escravo”, por Tatiana Braga de Alencar;
- “Conciliação: Uma abordagem a respeito da violência doméstica”, por Alexandra dos Reis Silva, Jessica Elaine Tamanhon e Juliene Tristão Machado;
- “A Implementação da Lei Maria da Penha do ponto de vista do atendimento aos autores de violência doméstica e familiar contra a mulher no município de São Paulo”, por Alba Tereza Sousa de Macêdo, Luisa Beatriz Pacheco Ferreira e Valdécio Carlos da Silva Junior;
- “Atendimento a homens autores de violência contra as mulheres: uma experiência do ‘Grupo Reflexivo de Gênero Espaço Fala Homem’ no Centro de Detenção Provisória de Vila Velha/ES (CDPVV)”, por Carla Costa Coutinho, Cristiana Cariola Travassos, Fernanda da Silva Vieira, Jacqueline Silvestri, Sulamita Tavares Freitas e Teresinha Tessarolo Dias;
- “Insurgências negras e a negação do direito à vida: trajetórias políticas de mulheres frente ao genocídio da juventude negra – do luto à luta”, por Dayana Cristina Ramos de Souza Juliano.
E, em seguida, foram apresentados os artigos do eixo “Gestão do Trabalho”:
- “Reflexão sobre as transformações (?) do Trabalho: Uma análise a partir da psicologia Junguiana”, por Isabela Maria Corrêa Conde e Kirlla Cristhine Almeida Dornelas;
- “Transtornos mentais relacionados ao trabalho”, por Marta Lúcia Martins;
- “Assistência social e saúde: intersetorialidade no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) e na Política Nacional de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora”, por Jordana Ferraz da Silva, Maria da Conceição Oliveira Souza e Marta Lúcia Martins;
- “Rodas de conversa como promoção de saúde no Poder Judiciário”, por Victoria Maia Viana Marcial e Ricardo Meneses Miguel;
- “Apontamentos sobre a centralidade da mulher na licença para acompanhamento familiar”, por Carlos Augusto da Silva Costa e Carolina dos Santos Lima.
A Jornada Científica, que continua nesta sexta-feira (30), é promovida pelo Fórum dos Assistentes Sociais e Psicólogos do Poder Judiciário do Espírito Santo, com o apoio da Escola da Magistratura do Espírito Santo (Emes), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), do Conselho Regional de Psicologia da 16ª Região e do Conselho Regional de Serviço Social da 17ª Região, da Ajudes, Sicoob Servidores e Sindijudiciário.
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Vitória, 29 de agosto de 2019
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