A convidada é a servidora Daysilane Farias, mãe atípica de uma criança de 12 anos
O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, instituído em 1982, por iniciativa do Movimento pelos Direitos das Pessoas Deficientes (MDPD), tem como objetivo conscientizar sobre a importância dos meios de inclusão das pessoas com deficiência na sociedade.
Nesse Just Talk, a convidada Daysilane Farias, servidora há mais de 10 anos no Tribunal de Justiça do Espírito Santo, é mãe atípica. Sua filha mais velha, de 12 anos, recebeu o diagnóstico do transtorno do espectro autista (TEA) com apenas dois anos de vida.
“O atraso na fala foi o primeiro sinal que percebemos. Foi um processo longo e doloroso, porque há 10 anos atrás não tínhamos muita informação a respeito, e essa foi a primeira barreira da deficiência que a gente enfrentou. Na época, nem os médicos sabiam identificar os sinais, mas hoje eles estão amplamente divulgados nas mídias”, afirma.
Os sinais de autismo estão relacionados à comunicação social e variam de pessoa para pessoa. De acordo com o CID-11 (Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde – OMS), alguns dos indícios de que a criança está dentro do espectro autista (TEA) são a dificuldade de interação e contato visual, apego a objetos, seletividade alimentar, entre outros.
“Ela é uma criança como todas as outras. Tem seus desejos, seus sonhos, suas curiosidades e desafios. Como todos nós, ela tem seu jeitinho singular de ser”, conta Daysilane sobre a filha.
De acordo com dados do Censo Escolar de 2023, o número de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) matriculados em escolas comuns no Brasil aumentou 50% entre 2022 e 2023.
“Eu acredito que o problema da educação inclusiva no Brasil seja algo estrutural e até mesmo cultural. Em relação às pessoas que trabalham nas escolas, eu penso que elas deram o seu melhor, dentro das possibilidades que tinham para oferecer naquele momento. Todas as professoras, tias, e funcionárias sempre foram muito carinhosas e dedicadas com a Maria. Entretanto, o sistema educacional de maneira geral ainda deixa a desejar. Precisamos de mais conhecimentos, estudos e investimentos”, aponta a servidora.
Você pode ouvir na íntegra o episódio em:
Vitória, 20 de setembro de 2024
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Texto: Robertha Araújo | imprensa@tjes.jus.br
Maira Ferreira
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