Projeto Ofi-cine debate a integração da criatividade no trabalho

A ideia é trazer reflexões temáticas pertinentes e importantes para os trabalhadores.

Idealizado pela Coordenadoria de Serviços Psicossociais e de Saúde do TJES em 2021, na época da pandemia, o Ofi-cine tem como objetivo promover um espaço de discussão e debate a partir de ferramentas cinematográficas. Atualmente em formato híbrido, o projeto consiste em exibir um filme, promover um debate, e, através dessa discussão, trazer reflexões de temáticas pertinentes e importantes para os trabalhadores.

Na edição da última sexta-feira (13), foram exibidos dois curtas-metragem. “Big Boy”, de 2004, foi dirigido por Cláudio e Leandro, e conta, por meio de gravações antigas, depoimentos e fotografias, a história de um dos maiores radialistas do Brasil, Newton Alvarenga Duarte. Já o segundo curta, “O Gigante de Papelão”, de 2010, foi dirigido por Bárbara Tavares, e conta a história de Sérgio César, conhecido como o arquiteto de papelão, além de falar sobre o poder de transformação que o trabalho dele teve.

Em seguida, o debate foi conduzido por Ricardo Meneses Miguel, psicólogo da Justiça estadual, e Morgana Ferraz Coelho Rodrigues, estagiária de psicologia, que propuseram o seguinte questionamento: Como podemos correlacionar os dois curtas apresentados?

Para o técnico judiciário Juliano Silva Gomes, o que se relaciona entre os vídeos é o contraste entre eles. “Apesar do Big Boy ter falado que não tinha muito dinheiro, quem recebe uma mesada que dá pra comprar discos naquela época? Outro ponto, é o desenvolvimento dos dois. O Sérgio veio de uma vida mais sofrida, tinha menos condições, mas ele se desenvolveu e liderou as pessoas de forma mais próxima, mais íntima, e o Big Boy não, ele foi uma estrela, isolado”, destacou o servidor.

Carlos Augusto da Silva Costa, assistente social do TJES, ainda apontou o alcance que o trabalho teve na vida dos dois. “Quando o Sérgio traz a questão que ele foi levar o trabalho dele em Cuba, como que um processo de trabalho dele chegou a um alcance que talvez ele, no início, não teria imaginado. A questão do Big Boy, que trabalhou como professor de geografia e depois se encontrou na rádio, uma atividade que tinha um significado maior para ele. Como o significado do trabalho para cada um deles se relaciona da mesma forma, no sentido de levar isso a outros limites, outros lugares”, pontuou.

Já a assessora Layli Oliveira Rosado lembrou que: “o Big Boy, durante a ditadura militar, usa o talento que ele tinha com essa parte da rádio, com a multimídia, como comunicador, artista, e consegue reinventar a forma da difusão da comunicação sob o período de censura. Ele usou o trabalho dele, a partir da visão artística que ele tinha, transformadora, explorou e transformou esse ambiente, revolucionou a rádio até os dias atuais. O Sérgio, arquiteto, artista, com seu talento transformador, também usou seu talento para expandir seus limites e horizontes, a um ponto que ele consegue influenciar outras pessoas que são tocadas pela sua arte. Eu penso que esses dois documentários se relacionam sob essa perspectiva, duas pessoas, com ofícios extremamente diferentes, são tocados pela manifestação artística e transbordam isso a ponto de influenciar a vida de outras pessoas”.

Vitória, 16 de setembro de 2024

 

Informações à Imprensa

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social do TJES
Texto: Robertha Araújo | imprensa@tjes.jus.br

Maira Ferreira
Assessora de Comunicação do TJES

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