Enfim outubro chegou. O mês mais feminino e rosa do ano. Mas, “pera lá”, o mês das mulheres não seria em março (dia internacional da mulher) ou maio (mês das noivas e dia das mães)? Sim, também são, contudo o mais importante deste mês é a abordagem sobre o movimento mundialmente conhecido como Outubro Rosa, campanha que tem ajudado muitas mulheres ao redor do mundo na luta contra o maior vilão entre os cânceres femininos.
O câncer de mama afeta diretamente as mamas, pois são glândulas formadas por lobos que se dividem em estruturas menores chamadas lóbulos e ductos mamários. O crescimento anormal e desordenado destas células tende a ser muito agressivo e incontrolável, determinando assim, a formação de tumores malignos (câncer), que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.
O principal sintoma na identificação do câncer de mama é o aparecimento de caroço no seio. Nódulos que são indolores, duros e irregulares têm mais chances de serem malignos, mas há tumores que são macios e arredondados – fiquem sempre atentos a este indício, pois tumores com mais de 1 cm são considerados nódulos em estágio avançado. Outros importantes sinais no câncer de mama incluem: inchaços, irritações ou irregularidades na pele da mama, dor no mamilo, vermelhidão no mamilo ou na mama, saída de secreção nos mamilos (fora o leite) e caroços nas axilas.
As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas do câncer de mama. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno está no auge devido à maturidade. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente, tornando uma necessidade anual realizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade, como prevenção. O autoexame, no entanto continua sendo importante – mas de forma complementar e secundária, pois normalmente quando o tumor atinge tamanho suficiente para ser palpado, já não está mais em seu estágio inicial e as chances de cura não são máximas.
No Brasil, o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estimam entre 52.000 e 57.000 casos novos de câncer de mama, no ano de 2015, com uma margem estimada de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terá um tumor benigno ou maligno nas mamas até os 90 anos de idade.
Com dados tão alarmantes, devemos cuidar para que essa estatística seja cada vez menor. A campanha “Outubro Rosa” busca alertar as mulheres sobre a importância do diagnóstico precoce do tumor.
Cuidados com a saúde nunca são demais. Não se acomode, procure sempre um especialista em caso de sintomas. Lembre-se sempre que apenas o autoexame não basta, pois todo nódulo em estágio inicial quase nunca pode ser perceptível por exame de toque. Faça regularmente a mamografia. Procurar o tratamento em seu estágio inicial tornam as chances de cura superiores a 95%.