Vara de Execuções Penais de VV realiza audiência para entrega de monitoramento eletrônico

Várias pessoas dentro de um auditório assistindo a uma audiência onde 6 pessoas estão no palco.

A saída antecipada com tornozeleira eletrônica foi concedida para cerca de 110 reeducandos que, anteriormente, cumpriam pena no regime semiaberto.

A Vara de Execuções Penais de Vila Velha realizou, nessa quinta-feira (12), audiência concentrada para a concessão de saída antecipada com monitoramento eletrônico para cerca de 110 reeducandos que, anteriormente, cumpriam pena no regime semiaberto.

Pés de uma pessoa usando calça jeans e uma tornozeleira eletrônica em sua canela esquerda

A audiência integra as ações do Projeto “Liberdade com Responsabilidade”, desenvolvido pela Vara de Execuções em parceria com o Ministério Público Estadual (MPES) e a Defensoria Pública Estadual, e o apoio da Apac (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Vila Velha), da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) e da Secretaria Estadual de Justiça (Sejus).

Detalhe de pessoas segurando papéis

Durante a sessão, os apenados receberam orientações sobre o funcionamento da tornozeleira eletrônica, e puderam tirar dúvidas sobre como utilizá-la, quem procurar e como proceder quando surgir alguma dificuldade, com a colaboração da equipe da Sejus. O objetivo da reunião foi também identificar demandas sociais individuais, que serão acompanhadas por um grupo de voluntários da Apac – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados de Vila Velha.

Mulher fala ao microfone

A juíza Graciela de Rezende Henriquez, que presidiu a sessão, falou sobre a relevância da ressocialização dos internos para a coletividade. “É muito importante para a sociedade que essas pessoas saiam do sistema prisional realmente transformadas, tendo alguma oportunidade, tendo uma segunda chance, tendo algo que as possibilite mudar de vida”, ressaltou.

A magistrada também destacou que a seleção das pessoas que receberam o benefício passou por vários critérios: “Tudo é feito com muita cautela, com muita responsabilidade, esses benefícios têm amparo legal na Lei de Execução Penal, na Jurisprudência dos Tribunais Superiores, e as pessoas que estão sendo liberadas para cumprirem prisão domiciliar passaram por vários critérios, que foram analisados sob vários aspectos, durante o Mutirão Carcerário, idealizado e organizados pelo Conselho Nacional de Justiça, quando essa ação foi potencializada em razão da atuação da Defensoria sem Fronteiras”.

Close em vários rostos de homens e mulheres assistindo a uma audiência

Defensores de diversos estados do Brasil também participaram da audiência. Eles atuaram no Mutirão, que teve início no último dia 02 e termina nesta sexta-feira (13). O coordenador da Defensoria sem Fronteiras no estado, Marcello Paiva de Mello, observou que a iniciativa, desenvolvida há alguns meses no Estado, vem obtendo muitos resultados. “O projeto tem dado muitos frutos. Poucas pessoas que fizeram parte do projeto, descumpriram os seus deveres, suas obrigações”, disse o defensor.

Homem de terno fala ao microfone

O promotor de Justiça coordenador do Grupo Especial de Trabalho em Execução (Getep), Sérgio Alves Pereira, também reafirmou que o Ministério Público vem dar sua colaboração em mais essa iniciativa interinstitucional no sentido de viabilizar o distensionamento do sistema prisional. “A monitoração eletrônica é uma alternativa segura, viável, e que tem se mostrado perfeitamente capaz de atender os objetivos da Lei de Execução Penal. Assim, o Ministério Público jamais poderia se afastar deste propósito, e estamos aqui para unir esforços para que essa medida seja coberta de sucesso”, disse o promotor.

Vitória, 12 de setembro de 2019

 

 

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