Desembargadora Elisabeth Lordes recebe homenagem do Tribunal Pleno

Foto da des. Elisabeth Lordes discursando no Salão Pleno

A homenageada participou, na tarde desta quinta-feira (24/03), da última sessão antes de sua aposentadoria e recebeu a Comenda Grã-Cruz do Mérito Judiciário, das mãos do presidente do TJES, desembargador Fabio Clem de Oliveira.

O Pleno do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), em sessão realizada na tarde desta quinta-feira (24), prestou homenagem à desembargadora Elisabeth Lordes, que se despede do Poder Judiciário em razão de sua aposentadoria.

Durante a cerimônia, a homenageada recebeu a Comenda Grã-Cruz do Mérito Judiciário, a mais alta honraria concedida pela justiça capixaba, por sua dedicação e desempenho na magistratura do estado, na qual ingressou em 1987, sendo promovida a desembargadora do TJES em 2015.

A comenda foi entregue pelo presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Fabio Clem de Oliveira, e pelo filho da desembargadora, Fernando Cesar Lordes. Em seguida, a presidente da Associação de Magistrados do Espírito Santo (Amages), a desembargadora convocada Marianne Júdice de Mattos, entregou, em nome da Associação, uma placa de homenagem à desembargadora Elisabeth Lordes.

Para a homenageada, a despedida de hoje não poderia ser diferente, de um lado há a saudade da convivência diária com os amigos e do trabalho que tanta satisfação lhe deu, enquanto do outro está a sensação do dever cumprido.

“Na vida sempre estaremos nos despedindo de alguém ou de alguma coisa, algumas despedidas são definitivas e outras são temporárias, mas todas nos trazem uma série de sentimentos conflitantes, tristeza pela saudade, alegria por enxergar os novos rumos, e ambos sempre com fé de que estamos vivendo tudo aquilo que precisamos viver no tempo certo”, enfatizou.

Em seu discurso, a desembargadora também lembrou os 35 anos de atuação no Judiciário, nos quais vivenciou experiências, conviveu com realidades distintas, conheceu pessoas incríveis e superou inúmeros obstáculos: “A magistratura é um verdadeiro sacerdócio, que dia a dia nos traz desafios, e eu os encarei um a um, sempre com o propósito de evitar a prática de injustiça na prestação jurisdicional”.

E complementou: “Despeço-me sabendo que não fui perfeita, nem seria possível, tenho a certeza de que cometi erros, mas tenho ainda mais certeza de que me dediquei com afinco, sempre em busca de prestar a minha função de forma proba, íntegra e justa. Sou grata aos meus colegas desembargadores e juízes que ao longo dessa caminhada tornaram-se bons amigos, sentirei saudades das conversas, do convívio, dos aprendizados, das sessões. Sou grata aos servidores do Poder Judiciário, que ao longo dos anos desempenharam suas funções e me permitiram desempenhar a minha, pois não se julga um processo sem que uma série de atos sejam praticados por aqueles que também se dedicam diariamente ao exercício público”, disse a magistrada, que também agradeceu a seus assessores, familiares e membros do Ministério Público.

Por fim, a desembargadora lembrou que faz parte da Associação Brasileira das Mulheres de Carreira Jurídica e tem o sonho de ver maior representatividade feminina no Tribunal de Justiça. “As peculiaridades de tratamento, enraizadas na nossa própria sociedade, são sutis, mas estão presentes no dia a dia e é necessário chamar atenção para que tal fato sirva de reflexão e para que uma mudança – mais do que necessária – seja implementada”, salientou.

Foto do Des. Pedro Valls Feu Rosa discursando

Em nome da Corte, o desembargador Pedro Valls Feu Rosa, que atuou com a homenageada na Primeira Câmara Criminal do TJES, numa reflexão acerca da existência e da efemeridade das coisas, proferiu elogios à desembargadora.

“Há juízes que temperam a firmeza que se espera da judicatura com aquela ternura típica dos sacerdotes. Há juízes que superam a dúvida sobre ser viável distribuir-se justiça com a certeza cega do idealismo. Há juízes, finalmente, que não se agigantam perante os pequenos e nem se apequenam diante dos gigantes. Eis aí, sem retoques, a Desembargadora Elizabeth Lordes: doce, porém firme. Realista, mas sonhadora. E simplesmente justa, sem arroubos e sem temores”, destacou o desembargador.

Nas suas lembranças, Feu Rosa também lembrou que não foram poucos os momentos de desafio que vivenciaram. “Nunca, no entanto, a vi vencida. Ou a agir como se em dado momento não fosse conveniente o exercício de dada virtude. Já a vi, e não poucas vezes, a sofrer – mas jamais a esmorecer. Nunca perdeu aquela serenidade que apenas a pureza de sentimentos proporciona”, ressaltou.

E dessa forma, concluiu o desembargador: “E assim ficamos nós, nesta sua derradeira sessão conosco, a recordar o poeta que nos ensina ser linda a felicidade – mas ela passa tão fugida! Bendita seja a saudade, que fica por toda a vida.”

Vitória, 24 de março de 2022

 

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Texto: Elza Silva | elcrsilva@tjes.jus.br

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