No TJES, muitos foram os avanços e entregas na área de inteligência artificial. Juízas, juízes, servidoras e servidores já contam com várias ferramentas de inteligência artificial.
Um importante debate sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) no Poder Judiciário aconteceu durante o Encontro Nacional de Tribunais Usuários de PJe sobre IA, promovido pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), nesta quinta e sexta-feira (21 e 22/08), em Brasília. E para proferir a palestra de abertura, o convidado foi o desembargador Samuel Meira Brasil Jr., presidente do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), que falou sobre as entregas de Inteligência Artificial na Justiça capixaba e os valores, riscos e oportunidades da superinteligência artificial.
No TJES, muitos foram os avanços e entregas na área de inteligência artificial. Juízas, juízes, servidoras e servidores já contam com ferramenta de inteligência artificial generativa, que utiliza o Gemini, integrada ao ambiente de trabalho, para acelerar a produção de atos processuais, ofícios, mandados, relatórios, gráficos, sínteses de processos, análises.
O Deep Research, IA do Google, recurso mais avançado que opera dentro do Gemini, também já oferece planejamento de pesquisa para integrantes do TJES, com apresentação de referências, metodologia utilizada e insights valiosos e respaldados.
Sobre a superinteligência artificial, o presidente do TJES abordou o conceito, possibilidades de desenvolvimento e riscos. “Será possível desenvolver uma superinteligência artificial, que supere a capacidade da inteligência humana? O propósito não é ultrapassar o ser humano. Essa super IA enfrentaria problemas para os quais o ser humano ainda não encontrou respostas. Traria avanços na pesquisa científica, como o desenvolvimento de novos medicamentos”, afirmou.
Para o magistrado, é preciso ter muito cuidado com o que vamos desenvolver em termos de IA, “porque a tecnologia somente é boa se ela permite enxergar o ser humano”. “Tecnologia é um meio, nunca um fim, e nós só teremos ética, nas palavras de Kant, se o ser humano for considerado como um fim, e não como um meio”, finalizou.
A programação também teve palestra sobre o uso da IA na Advocacia e Judiciário, bem como a apresentação de boas práticas por parte de tribunais, como as estratégias de IA no TJDFT e o Sistema de Análise e Resumo de Ações (SARA), do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Além de palestras da Microsoft e do Jusbrasil, e um momento de rodada de negócios.
Vitória, 25 de agosto de 2025
Carol Veiga