O presidente destacou a importância de ouvir, estabelecer diálogo com as comunidades, se conectar com as pessoas.
Como o Judiciário Capixaba conseguiu solucionar as demandas de milhares de pessoas que sofreram danos com o desastre ambiental de Mariana? Compreender esse processo foi o objetivo dos membros da sociedade civil ucraniana, representantes da Justiça Global, que estiveram no Tribunal de Justiça do ES (TJES) nesta terça-feira (7/10).
O presidente do TJES, desembargador Samuel Meira Brasil Jr. recebeu a comitiva juntamento com os juízes Salomão Elesbon e Grécio Grégio que atuaram diretamente nos casos ajuizados em Colatina e Aracruz. “Somente em Colatina foram ajuizadas 38 mil ações. E em todo o estado foram cerca de 50 a 60 mil acoes individuais ajuizadas na justiça estadual. Houve muita negociação com as empresas envolvidas.
Um fator muito importante foi o IRDR – Incidente de resolução de demandas repetitivas, que tinha acabado de ser criado pelo Novo Código de Processo Civil (2015)”, explicou o Juiz Salomão.
Os processos eletrônicos também ajudaram a dar agilidade na resolução dos casos. “Isso permitiu uma resposta rápida. Aparentemente a partir de um mesmo episódio todos são afetados da mesma forma. Mas não. Tivemos uma comunidade afetada com o fornecimento da água potável e outra onde os pescadores ficaram impossibilidados de pescar e garantir seu sustento”, explicou o juiz Grécio.
Ao lidar com tantas vidas impactadas, o presidente Samuel Meira destaca que “a Justiça é muito mais do que garantir compensações financeiras, mas sim como o Judiciário pode ouvir, estabelecer diálogo com as comunidades, se conectar e realmente ajudar as pessoas”.
A visita ao TJES enriqueceu os conhecimentos da sociedade Ucraniana, que agora terá mais embasamento para lidar com os conflitos territoriais envolvendo a Rússia.
Vitória, 10 de outubro de 2025
Texto: Tais Valle
Carol Veiga
Assessora de Imprensa
e Comunicação