Devido à sua aposentadoria, a primeira mulher a ocupar o cargo de desembargadora do TJES será homenageada no Salão Pleno, às 16 horas.
O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) realiza nesta sexta-feira, 17, às 16 horas, sessão extraordinária para homenagear a vice-presidente da Corte, desembargadora Catharina Maria Novaes Barcellos, que se despede da instituição para desfrutar sua aposentadoria. A primeira mulher a ocupar o cargo de desembargadora do TJES chegou ao Palácio da Justiça em 2005 após uma carreira de 22 anos como juíza.
Emocionados, os colegas já começaram a se despedir nesta quinta-feira, 16, durante a sessão ordinária do Tribunal Pleno, que foi, inclusive, presidida pela desembargadora Catharina. Primeiro capixaba negro a se tornar desembargador do TJES, Willian Silva afirmou que, assim como a desembargadora Catharina, precisou transpor barreiras. “A despedida, sem qualquer dúvida, é uma ruptura que carrega certa dose de emotividade, mas os sentimentos de amizade permanecerão”, declarou o desembargador.
A segunda mulher a chegar ao cargo de desembargadora do TJES, Eliana Junqueira Munhós Ferreira, declarou haver uma ligação entre as histórias das duas magistradas. “Com uma emoção muito grande quero relembrar nossos laços de amizade. Eu sinto uma tristeza muito grande de, na próxima segunda-feira, entrar no Tribunal e não encontrá-la em seu gabinete. Que Vossa Excelência continue com essa paz espiritual que emana do seu olhar. Vou sentir uma enorme falta, mas vou invejar os momentos de lazer que, com certeza, terá ao lado da família”.
Os colegas ainda ressaltaram a beleza da desembargadora Catharina, tanto externa quanto interior. Muito emocionada, a magistrada agradeceu pelas palavras de carinho. “Tudo o que ouvi hoje, acumulado com todo o tempo de magistratura, representa a construção da nova vida que virá. A vida não é a mesma sempre. A cada etapa vamos ganhando força e amigos. Eu saio desse Tribunal feliz. Foi uma honra muito grande. Dez anos passaram-se em um piscar de olhos. Agradeço imensamente todas as palavras, que ficarão guardadas em meu coração”, disse.
Em entrevista à TV Justiça, a desembargadora afirmou que irá sentir saudades. “Você imprime um ritmo à sua vida de obrigações, de todos os dias se arrumar, sair de casa, tem o compromisso com o trabalho, a convivência com as pessoas. Eu trabalho há quase 40 anos. Ainda que eu me dedique a outras coisas, vai fazer falta, mas não há nada que o tempo não resolva. Eu sou uma pessoa realizada”, declarou. A magistrada ainda falou sobre carreira, infância, família e hobbies. Para assistir à entrevista completa, clique aqui.
“Às vezes, uma pessoa que procura a Justiça não quer ingressar com um processo simplesmente. Ela quer um apoio moral, uma palavra de conforto, e é importante que a gente saiba disso e prepare também a nossa equipe para que receba essas pessoas. Se elas vêm aqui e encontram a porta fechada, elas vão voltar decepcionadas. Não é essa a justiça que eu procuro. A Justiça é o refúgio dos aflitos”, disse a desembargadora em entrevista concedida no início do ano.
Vitória, 16 de abril de 2015
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