O evento contou com a presença dos Ministros do Superior Tribunal de Justiça Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes e Rogério Schietti Machado Cruz, e da doutora em Psicologia Marilda Novaes Lipp.
A sexta edição do Encontro Estadual de Juízes Criminais e de Execuções Penais aconteceu na tarde desta sexta-feira (18), no auditório da Corregedoria Geral da Justiça. O evento foi realizado pelo Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), por meio da Coordenadoria das Varas Criminais e de Execuções Penais, em parceria com a Escola da Magistratura do Espírito Santo (Emes), com a Escola Superior da Magistratura do Espírito Santo (Esmages) e com a Associação dos Magistrados do Espírito Santo (Amages).
A mesa do Encontro foi composta pelo Presidente do TJES, Desembargador Annibal de Rezende Lima, pelo Supervisor das Varas Criminais e de Execuções Penais, Desembargador Fernando Zardini Antonio, e pelos Juízes Gisele Souza de Oliveira e Daniel Peçanha Moreira, coordenadora e colaborador da Coordenadoria das Varas Criminais, respectivamente. Também participaram da abertura, o Diretor da Emes, Desembargador Samuel Meira Brasil Júnior, o Presidente em exercício da Amages, Juiz Sérgio Ricardo, e os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Geraldo Og Nicéas Marques Fernandes e Rogério Schietti Machado Cruz.
O Desembargador Annibal de Rezende Lima ressaltou que este é um evento muito significativo para o Poder Judiciário Estadual, especialmente, para os Juízes que atuam nas Varas Criminais e de Execução Penal. Para o Presidente, essa é uma oportunidade muito feliz, não só pela troca de ideias e opiniões sobre suas experiências, mas, “também para ouvir as deferências do Ministro Og Fernandes, do Ministro Rogério Schietti e da doutora Marília Lipp, que certamente serão extremamente úteis no exercício da judicatura e na vida pessoal de cada um”.
O Desembargador Fernando Zardini explicou que a sexta edição do Encontro dos Juízes Criminais ganhou um novo formato, diferenciado, para dar soluções que tenham resolutividade mais amplas e, de certa forma, permitir o compartilhamento de experiências, dificuldades e desafios a superar no cotidiano dos Magistrados, por meio dos ensinamentos dos palestrantes.
Os Juízes tiveram a oportunidade de debater os temas com grandes especialistas. O primeiro deles foi apresentado pela Diretora do Instituto de Psicologia e Controle do Stress, Doutora Marilda Novaes Lipp. A palestrante é PhD em Psicologia pela George Washington University e realizou pós-doutorado em Stress Social pelo National Institute of Health, dos Estados Unidos.
A especialista abordou um tema bastante atual no dia a dia dos Juízes brasileiros: “O Stress na Atividade Judicante”, dando dicas de como minimizá-lo. Nesse contexto, a palestrante falou sobre transcendência, ou seja, ultrapassar seus limites. “Nos transcendermos em certos momentos de luta e projetos mais marcantes, de dificuldades mais excepcionais, é uma coisa desejada e necessária. Porém, a transcendência diária, que é feita sistematicamente, pesa no organismo, pesa na mente, e eventualmente essa transcendência que as pessoas desejam obter passa a ser algo extremamente negativo e prejudicial para a saúde física e mental do ser humano”, explicou.
Em seguida, o Ministro Og Fernandes fez uma reflexão sobre suas experiências com o tema e sobre as particularidades da profissão em relação ao estresse. O ministro aconselhou aos magistrados construírem suas histórias relevando tanto a parte profissional, quanto a pessoal, “porque somos únicos”, disse. E complementou: “sejam íntegros, palavra que quer dizer inteiros, pessoal e profissionalmente”. Na ocasião, a Doutora Marilda e o Ministro Og Fernandes também lançaram o livro “Vidas no Fórum”, que retrata diversas situações do cotidiano da jurisdição.
Outro grande estudioso e especialista de ponta que esteve no evento, o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Rogério Schietti Machado Cruz, apresentou a palestra “A Prisão Cautelar na visão do STJ”. Na primeira parte, o Ministro abordou os princípios da matéria e, no segundo momento, fez uma análise de julgados do STJ e STF.
Vitória, 18 de agosto de 2017.
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