Doar órgãos é um ato de amor e de solidariedade. Quando um transplante é bem sucedido, uma vida é salva, interferindo também na saúde física e psicológica de todos os envolvidos. Um doador pode salvar mais de uma pessoa e ajudar muitas outras famílias.
Para se tornar um doador, basta entrar em contato com a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante, obrigatória nos hospitais públicos, privados e filantrópicos com mais de 80 leitos. Um doador vivo pode doar seus rins, partes do fígado, medula óssea e partes do pulmão.
A doação pode, também, ser realizada por meio de um doador falecido, mas ela só ocorre após autorização familiar. Por isso, é muito importante conversar com a sua família. Nesse caso, coração, pulmão, fígado, pâncreas, intestinos, rins, córneas, vasos, peles, ossos e tendões podem ser doados. Contudo, apenas pacientes em morte encefálica, como traumatismo craniano e parada cardiorrespiratória, são aptos para doar. A retirada do órgão acontece por meio de uma cirurgia, como qualquer outra. Após a doação, o corpo é entregue novamente para que a família realize o velório.
Dados
Segundo pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), em 2012, no Brasil, a demanda por doação de córnea é quase totalmente atendida, enquanto que o número de doações de rim consegue atender apenas 49% dos pacientes. Além disso, apenas 5% dos pacientes que precisam de um pulmão são atendidos. No Espírito Santo, o maior número de transplantes realizados é o de córnea, seguido pelo de rim. Em 2006, a lista nacional de espera por doação de órgãos continha quase 67 mil pessoas, sendo que, desse total, 1.200 pacientes estão no Espírito Santo.