Família e amigos se despedem do Des. Maurílio

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Desembargadores compareceram em massa ao sepultamento, nesta quinta.

Enterro Des Maurilio 400Parentes e amigos despediram-se nesta quinta-feira, 22, do desembargador Maurílio Almeida de Abreu, que há alguns meses vinha lutando contra um câncer. O sepultamento foi realizado nesta tarde no Cemitério Parque da Paz, em Ponta da Fruta, Vila Velha. Os desembargadores do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) compareceram em massa à despedida para dar apoio à família e um último adeus ao colega.

O presidente do TJES, desembargador Sérgio Bizzotto, que esteve no velório pela manhã, comentou sobre a perda do colega. “Ele era um desembargador muito culto, versado em Direito Público. Saiu do seu estado natal, Sergipe, vindo para o Espírito Santo para submeter-se a concurso para o cargo de juiz de Direito. Foi brilhantemente aprovado e militou por várias Comarcas do interior. É uma perda muito grande. Nós já o havíamos perdido como colega e agora o perdemos como amigo. É realmente uma perda muito forte. Ele vai ser sempre lembrado por todos nós”.

Para o desembargador Willian Silva, a honradez é a maior lembrança que vai ficar do desembargador Maurílio. “Ele, para mim, é como se fosse um pai. Para mim e para todos aqueles que tiveram um relacionamento mais estreito com ele. Ele deixou saudades quando aposentou e, agora, são saudades eternas porque ele está indo para outro plano, infelizmente”.

O desembargador Annibal de Rezende Lima lamentou o falecimento do colega. “A sociedade capixaba perde hoje uma das suas figuras mais interessantes, mais cultas e mais brilhantes que eu tenha conhecido. O desembargador Maurílio, além de ser uma pessoa extremamente cordial, afável, era um magistrado da melhor qualidade. Ele era portador de excepcionais virtudes pessoais e profissionais. A morte dele é uma perda muito grande, não só para o Judiciário capixaba, mas para o Espírito Santo”.

O desembargador Samuel Meira Brasil Júnior destacou qualidades do desembargador Maurílio. “É difícil dizer com palavras o que ele representou. O que eu poderia dizer é que ele foi um exemplo de magistrado. Foi um juiz de carreira que muito honrou a magistratura capixaba, o Tribunal de Justiça. O que ele deixou de legado para todos os advogados e cidadãos, é algo indescritível. É difícil encontrar alguém que tivesse toda a representividade jurídica, pessoal, moral e ética como nós encontramos no desembargador Maurílio”.

Outro que lamentou a perda do colega foi o desembargador Telêmaco Antunes de Abreu Filho. “O desembargador Maurílio, sem qualquer dúvida, abrilhantou durante 40 anos o Poder Judiciário do Espírito Santo e do Brasil. Portanto, hoje o nosso Judiciário está de luto pela perda de uma pessoa do gabarito do desembargador Maurílio”.

O desembargador Ronaldo Gonçalves de Sousa destacou a simplicidade do colega. “Ele era uma pessoa simples, corajosa, não tinha muitas pretensões materiais e levou uma vida tranquila, serena, respeitando a todos e isso faz dele uma figura ímpar na magistratura do Espírito Santo. Vai deixar muita saudade e referência para nós e para toda a magistratura do Estado”.

Já o desembargador José Paulo Calmon Nogueira da Gama frisou a serenidade do desembargador Maurílio. “Eu conheci o desembargador Maurílio quando promotor de justiça no Fórum Cível de Vitória e a primeira impressão que eu tive é que ele era muito sereno, equilibrado, portador de grande conhecimento jurídico e, principalmente, capaz de ouvir as partes e os interessados”.

O desembargador Carlos Henrique Rios do Amaral lembrou a paixão que o colega tinha pela família. “A Justiça capixaba perde um grande nome. O desembargador Maurílio, durante todo o tempo da sua judicatura, sempre foi um juiz sereno, equilibrado, estudioso e sempre suas incursões no campo do Direito eram evolutivas. Sua família era o ponto crucial para ele. Tinha verdadeira paixão pela mulher, pelos netos e pelas filhas, e também os genros faziam parte desse mundo encantado que ele tinha”.

A desembargadora Catharina Maria Novaes Barcellos, vice-presidente do TJES, lembrou da personalidade do colega. “Em todas as sessões ele tinha argumentos fantásticos, ele estava sempre carregando seus livros e aquilo sempre me encantou muito. Fora que era uma pessoa muito educada, amorosa. Foi um colega muito querido. O desembargador deixou um rastro de luz que vai servir de exemplo, que vai iluminar muitas pessoas. Nada de mau tem a se dizer de sua personalidade. Foi uma pessoa virtuosa, que acrescentou neste mundo terreno”.

O desembargador Dair José Bregunce de Oliveira afirmou que tem o desembargador Maurílio como inspiração. “Ele foi um exemplo para todos nós de honradez, tanto na vida pública quanto na vida privada, e me orgulho em dizer que sempre procurei me inspirar nele. Será lembrado por nós por sua maneira carinhosa de ser e sua maneira dedicada à judicatura”.

O desembargador William Couto Gonçalves declarou que a dor da perda é muito forte. “Ele sempre se mostrou um juiz muitíssimo equilibrado, prudente, reflexivo, pensava muito as decisões dele, previa as consequências das sua decisões. Um juiz moral, um juiz verdadeiro, que soube vestir e honrar a sua toga. Um exemplo de vida. A saudade é invariável. A dor da perda é forte”.

O desembargador Sérgio Luiz Teixeira Gama declarou que é um momento de muita tristeza. “Sempre tive com ele uma amizade muito grande e uma admiração muito grande, não só pelo magistrado exemplar, competente, estudioso, probo, íntegro que foi, mas também como chefe de família. Durante o tempo em que convivi com ele, eu aprendi a admirá-lo muito mais pela forma equilibrada e serena com que ele exercia a sua função”.

Para o desembargador Carlos Simões Fonseca, esta é uma perda irreparável. “Ele deixa um exemplo de magistrado, homem probo, íntegro e chefe de família exemplar. Essas são as três qualidades maiores que o juiz pode deixar ao longo de sua vida. Ele foi um homem culto, um juiz ponderado, e nós sempre nos inspiramos em suas decisões”.

O desembargador Maurílio iniciou sua carreira de juiz em 1973, quando foi aprovado no concurso público para a magistratura do Espírito Santo, onde atuou por 40 anos. Ele tinha 70 anos e chegou ao Tribunal de Justiça em 1994, promovido por antiguidade, e exerceu o mais alto cargo da magistratura Estadual por quase 20 anos. Foi presidente do Tribunal Regional Eleitoral no biênio 2004/2005. Almeida de Abreu se aposentou do TJES em 1º de agosto do ano passado.

O desembargador Maurílio Almeida de Abreu era casado com Adeci Pereira de Abreu, com quem teve duas filhas, Marília e Mônica. O desembargador deixa, ainda, quatro netos.

Vitória, 22 de maio de 2014

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