Importância do pai e temas como adoção e apadrinhamento foram expostos.
Com o objetivo de mostrar a importância da figura masculina para o desenvolvimento de crianças e adolescentes, a 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica realizou na última sexta-feira, 15, a Mostra Cultural Abraço Forte. A programação teve início às 10 horas, no piso L2 do Shopping Moxuara, em Cariacica, e se estendeu até as 22 horas. Também foram divulgados no evento os procedimentos de adoção e habilitação para adoção e, ainda, o projeto Apadrinhamento Afetivo, que trata do estabelecimento de laços afetivos com crianças em situação de acolhimento.
A Mostra Cultural Abraço Forte foi realizada com apoio do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo (TJES), por meio da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica, Grupo Sá Cavalcante, Secretaria Municipal de Ação Social de Cariacica, Grupo de Apoio à Adoção Raízes e Asas, Associação dos Amigos dos Autistas do Espírito Santo (Amaes) e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).
Em um estande montado na praça de eventos, situada no piso L2, havia um ponto de atendimento onde profissionais distribuíram panfletos e tiraram dúvidas sobre habilitação para adoção e apadrinhamento de crianças e adolescentes. Também fizeram parte da programação exposição de artesanatos e pinturas, apresentação de dança e atrações musicais.
De acordo com a juíza da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica, Fabrícia Gonçalves Calhau Novaretti, aproveitando o mês em que se comemora o Dia dos Pais, com o evento “pretende-se dar voz e visibilidade à necessidade dos gestores e da sociedade civil do município de Cariacica assumirem o cuidado, proteção e promoção de qualidade de vida das crianças e adolescentes que se encontram em situação de acolhimento institucional”.
A magistrada ainda explica o que é o Apadrinhamento Afetivo. “É um programa desenvolvido no município pelo meio do qual algumas pessoas, famílias, se habilitam para receber uma criança no seu seio familiar para passar só o final de semana. Ela sai com a criança, visita a criança no abrigo, passa algum tempo com ela dentro da sua família que possa garantir àquela criança o direito de convivência familiar e comunitária”.
A juíza também destacou as regras para apadrinhar uma criança ou adolescente. “A pessoa deve ser maior de idade, com uma diferença de 16 anos da criança que ela vai apadrinhar, e possuir muita disponibilidade afetiva. Esse é o grande diferencial. Não precisa de dinheiro, status de casado, solteiro, precisa só ter disponibilidade de amar e cuidar. Na prática, às vezes acontece o processo de apaixonamento, que acaba redundando em um processo de adoção”.
O evento foi uma oportunidade para apresentar uma novidade: o Padrinho Provedor. “Essa é a modalidade de apadrinhamento para quem quer ajudar de alguma forma, mas não têm tempo. O provedor é uma pessoa disposta a contribuir para custear a escola, um curso profissionalizante, uma aula de natação. Ou seja, o padrinho provedor é aquele homem forte que pode proteger e cuidar de uma criança através de uma ação”, explica a magistrada.
A psicóloga da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica, Solineia Braun, comentou sobre a importância da adoção. “A criança ganha convivência familiar, que é fundamental para a estruturação pessoal nos aspectos cognitivos, afetivos e sociais. É uma possibilidade de a criança ser tratada das dores que ela passou, como violência familiar, abuso sexual, abandono, maus tratos. O afeto e o apoio curam”, frisou.
Solineia, que adotou Thiago há três anos, afirmou que ainda hoje existe preconceito contra a adoção. “Existe um imaginário social de que a criança leva com ela algum vício da família de origem; um temor de que o comportamento que gerou o acolhimento da criança se repita nela”.
A psicóloga contou que o filho adotivo, hoje com 11 anos, coloriu a vida dela. “Eu já estava com 35 anos e ainda não tinha passado pela experiência da maternidade. Conversei com meu marido e colocamos em prática a vontade que tínhamos desde os 20 anos: adotar uma criança. O Thiago levou cor, vida e movimento para nossa casa. Quando eu vi o Thiago, eu soube que ele era meu menino. É uma criança linda, um menino muito bom”, contou emocionada.
Quem pretende adotar ou apadrinhar uma criança ou adolescente pode procurar tanto a Secretria Municipal de Ação Social quanto a equipe da 1ª Vara da Infância e da Juventude de Cariacica. As duas equipes estão habilitadas a fazer o processo de qualificação dos pretendentes, realizando a preparação dos mesmos para a chegada do novo filho ou afilhado. O projeto de Apadrinhamento Afetivo funciona em Cariacica desde 2006. Os quatro abrigos do município têm ao todo 77 crianças e adolescentes.
Vitória, 18 de agosto de 2014
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