Juiz quebra sigilo de processo que condenou empresário por matar sócio em Baixo Guandu

A vítima possuía uma rede de concessionárias de veículos e tinha sido candidato a prefeito do munícipio.

O Juiz Marcos Pereira Sanches, da 1ª Vara Criminal de Vitória, quebrou o sigilo do processo que condenou a 18 anos e 9 meses de reclusão o empresário Luiz Carlos Zulske, e a 14 anos e 7 meses de reclusão o advogado criminalista Clayde Luis Martinelli, primo de Luiz.

Os dois foram condenados por Júri Popular, realizado em Vitória, por serem respectivamente o mandante e o intermediário do assassinato de um comerciante e ex-candidato a prefeito de Baixo Guandu, morto em outubro de 2006. Logo após a leitura da sentença final do Júri, os condenados foram presos pelo crime.

Com a quebra do sigilo, todas as decisões do processo e a sentença final do Tribunal do Júri, que ocorreu na última quarta-feira (12/07), no Fórum Criminal Desembargador Jose Mathias de Almeida Neto, em Vitória, estão disponíveis para consulta no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES), pelo processo de número 0002232-53.2009.8.08.0007.

De acordo com os autos, os réus já haviam sido condenados a 19 anos de prisão por júri popular em junho de 2009, em Baixo Guandu. A princípio, os dois homens sustentaram que haviam cometido o crime para pagar uma dívida referente à compra de drogas, mas acabaram confessando que recebiam dinheiro do mandante para ficarem em silêncio.

Então, só recentemente, os executores confessaram o verdadeiro motivo do assassinato: crime de mando motivado por uma dívida de R$ 150 mil, contraída pelo comerciante, que era sócio de Luiz Zulske em uma rede de concessionárias de veículos que tinha seu patrimônio ameaçado pelo credor.

O julgamento do empresário e do advogado estava previsto para ocorrer em agosto de 2015, na Comarca em Colatina, após ser transferido da Comarca de Baixo Guandu, em virtude de ameaças aos jurados.

No entanto, a sessão foi suspensa pelo magistrado da 1ª Vara Criminal de Colatina, depois de supostas ameaças veladas aos jurados e, ainda, considerando o fato de que, em julho de 2015, tiros foram disparados próximo à residência da irmã da vítima.

Por conta dessa ameaça, houve um segundo desaforamento do Tribunal do Júri, sendo que, desta vez, para o Juízo de Vitória. O Júri Popular ocorreu na última quarta-feira, 12 de julho, quando os réus foram julgados e condenados pelo Tribunal de Júri, presidido pelo Juiz Marcos Pereira Sanches.

Após a finalização do julgamento, os mandados de prisão do mandante e do intermediário do crime foram expedidos e ambos encaminhados para a penitenciária.

Processo nº: 0002232-53.2009.8.08.0007

Vitória, 18 de julho de 2017.

Informações à Imprensa

Assessoria de Imprensa e Comunicação Social do TJES
Texto: Pedro Sarkis | phsarkis@tjes.jus.br

Andréa Resende
Assessora de Comunicação do TJES

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