TJES promove curso para formar Instrutores de Círculos de Construção de Paz

Várias objetos espalhados no chão para a prática do círculo

Representantes dos Poderes Judiciais do Espírito Santo e da Bahia, entre outros profissionais, participaram da formação.

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) realizou, esta semana, a primeira turma de Instrutoria para Instrutores de Círculos de Construção de Paz, com a presença de representantes dos Poderes Judiciários do Espírito Santo e da Bahia, do Ministério Público Estadual, da Prefeitura de Vitória, da Arquidiocese de Vitória e da Diocese de São Mateus, além de um advogado de Minas Gerais. A formação foi ministrada pela instrutora Jaklane Almeida e aconteceu de segunda a sexta-feira, no prédio da Corregedoria Geral da Justiça.

O desembargador Jorge Henrique Vale dos Santos, que é supervisor das Varas da Infância e da Juventude do Tribunal de Justiça (TJES), fez questão de participar do curso. O magistrado contou que, como observador e cientista social, é um admirador e estimulador da Justiça Restaurativa.

“Eu comecei a investigar, examinar e participar dos projetos de prática restaurativa, essa é uma última etapa, eu fiz a formação, depois eu fui formador de formadores, e agora fiz o curso de instrução. Hoje eu estou apto até para instruir outros novos instrutores da Justiça Restaurativa, que é um modelo fantástico, no sentido de solucionar conflitos extrajudiciais, vendo questões de fundo, resgatando o ser humano e valorizando o outro e a sociedade”, ressaltou o desembargador.

A juíza Patrícia Neves, coordenadora das Varas da Infância e da Juventude do TJES, idealizadora do Programa Reconstruir o Viver e precursora das práticas restaurativas no Espírito Santo, explicou que a proposta do curso é construir conhecimento de forma vivencial e disseminar conhecimento para cada vez mais pessoas.

“O Poder Judiciário do Espírito Santo deseja que as pessoas sejam capacitadas para levarem as técnicas, para que isso não seja só responsabilidade do Poder Judiciário, porque nós sabemos que não vamos conseguir sozinhos. Então, estamos instrumentalizando todas as pessoas”, explicou a magistrada.

A juíza ainda ressaltou que, nesta sexta-feira (14), encerramento da formação o grupo sai capacitado para elaborar um curso e iniciar a formação de outras pessoas, e ciente das características que precisa ter desenvolvidas como instrutores, em termos de intelecto, emoções, capacidade de trabalho, para ser capaz de fazer com que haja um crescimento profissional e emocional daquele ser humano que vai trabalhar cuidando de outro ser humano, tocando a vida de outro ser humano.

A juíza da Vara da Infância e da Juventude e coordenadora do Cejusc de Ilhéus, Sandra Magali Brito Silva Mendonça, que participou do curso e já utiliza práticas restaurativas, contou que vem obtendo resultados bastante positivos na solução de conflitos por meio dos círculos restaurativos, pois “as pessoas conseguem tratar a base dos conflitos, conseguem resolver suas próprias questões e assim temos resultados que implicam no não retorno dessas pessoas ao sistema de Justiça buscando solução. Isso em grande escala tem um impacto muito grande. Porque além de curar as pessoas, nós estamos prevenindo conflitos”, observou a magistrada.

Vitória, 14 de fevereiro de 2020

 

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