Corregedoria Geral de Justiça prioriza regularização fundiária no Espírito Santo

Fachada do prédio da Corregedoria Geral da Justiça.

Implementação da Reurb tem como objetivo incorporar os núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano e proporcionar a titulação de seus ocupantes.

A Corregedoria Geral de Justiça tem se empenhado para promover, juntamente com os cartórios de registros de imóveis e o apoio dos municípios, a regularização fundiária no Estado do Espírito Santo.

Esse tem sido um dos principais objetivos do desembargador Carlos Simões Fonseca, que recebeu, recentemente, a visita do prefeito municipal de Viana, Wanderson Borghardt Bueno, e da procuradora-geral do município, Thais Prata da Silva, com o propósito de adotar medidas conjuntas para acelerar o processo de regularização fundiária executado pela administração daquela cidade.

Autoridades diversas posam para foto.

Durante o encontro, o prefeito destacou que a regularização das terras e o registro dos respectivos títulos de propriedade para os cidadãos vianenses dependem da interpretação das normas que regulamentam a matéria, em especial as contidas no Manual, e das Orientações enviadas pela Corregedoria aos oficiais dos cartórios de registro.

Wanderson Bueno destacou a grande sensibilidade e receptividade que a Corregedoria demonstrou diante da necessidade de se facilitar os procedimentos cartorários, sempre respeitando as normativas que disciplinam o assunto, com o propósito de aliar celeridade e segurança jurídica. Além disso, o prefeito frisou que a prefeitura tem encontrado grande receptividade por parte do oficial do registro de imóveis de Viana, Luiz Cláudio da Rocha, para tentar superar algumas dificuldades que a formalização da transferência dos imóveis vem enfrentando, decorrentes da complexidade da legislação fundiária e de registro.

Por sua vez, o corregedor colocou a sua equipe à disposição para auxiliar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação e a Procuradoria-Geral de Viana, fortalecendo assim, o diálogo entre autoridades estaduais e municipais, que visa garantir a continuidade e ampliação do projeto.

“Nas correições temos conversado principalmente com os registradores de imóveis e prefeitos, demonstrando o quanto a regularização dos imóveis urbanos impacta a economia das cidades. Como a atividade exige uma série de ações interinstitucionais, nosso papel é de fomentar, incentivar e regulamentar a matéria no âmbito estadual”, destacou o corregedor.

Para o registrador de imóveis de Iúna e autor de um livro sobre regularização fundiária, Jocsã Araújo Moura, esse apoio do Poder Judiciário é fundamental para que se estabeleçam políticas públicas para a regularização fundiária urbana (REURB

“O Poder Judiciário, através da Corregedoria Geral de Justiça, tem colocado como uma meta da atual gestão motivar e apoiar as iniciativas que buscam a inserção dos loteamentos irregulares em todo o Espírito Santo na regularidade, especialmente através de normatizações relativas ao tema direcionadas às serventias extrajudiciais, as quais fiscaliza e orienta, como é o caso do Provimento 37/2021, editado pela Corregedoria Geral de Justiça do Espírito Santo que trouxe diversos instrumentos que facilitam e orientam todo o procedimento no âmbito das serventias extrajudiciais”.

Segundo Jocsã, estima-se que 50% dos imóveis brasileiros estejam irregulares. “É um problema que afeta a todos, desde o próprio morador, que não tem segurança jurídica sobre a propriedade de seu imóvel, passando pelos entes governamentais, que deixam de arrecadar os tributos devidos, e até mesmo, de forma mais ampla, afeta a economia do país, deixando um capital morto correspondente a mais de dois trilhões de reais fora da economia formal do Brasil”, ressaltou o registrador.

“A Corregedoria Geral de Justiça tem papel fundamental na normatização do tema e na busca de soluções. Destacam-se as iniciativas do desembargador corregedor-Geral Carlos Simões, entusiasta do tema, e toda sua equipe, que tem contribuído muito para a solução do problema”, concluiu.

Vitória, 21 de junho de 2022

 

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